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Na negociação do alinhamento do Brasil aos Estados Unidos, tendo em vista a Segunda Guerra Mundial, quatro questões estiveram desde o início na agenda de discussões: de um lado, o fornecimento de materiais estratégicos. brasileiros aos Estados Unidos e a cessão das bases do Nordestepara o estacionamento de tropas norte-americanas; de outro, a concessão de financiamento norte-americano para a modernização das Forças Armadas brasileiras e a criação da Companhia Siderúrgica Nacional.
Desde o início de 1941, os Estados Unidos estavam decididos a cortar o fornecimento de matérias-primas brasileiras ao Eixo. Para tanto assinaram com o Brasil um contrato de aquisição de toda a sua produção de materiais estratégicos - bauxita, berilo, cromita, ferro-níquel, diamantes industriais, minério de manganês, mica, cristais de quartzo, borracha, titânio e zircônio. Nessas negociações, ênfase especial foi dada à borracha, produto que se tornara escasso após o avanço japonês no Sudeste Asiático. Com a ajuda de recursos norte-americanos, desencadeou-se na época a "batalha da borracha", projeto de estímulo à produção e distribuição do produto.. Com a entrada dos Estados Unidos na guerra em dezembro de 1941 e o conseqüente aumento da necessidade desses e de outros produtos estratégicos para a indústria bélica norte-americana, o governo brasileiro procurou associar novos acordos de venda à obtenção de armamentos para suas Forças Armadas.
Um outro fator que veio contribuir para tornar mais complexas as negociações entre os dois países foi a intenção do governo norte-americano de enviar tropas ao Nordeste brasileiro, com base no argumento de que a região se constituía em alvo potencial para um avanço alemão em direção América. Enquanto a concepção de defesa nacional dos Estados Unidos implicava a idéia de que cabia às forças norte-americanas arcar com a defesa do continente, e de que a solidariedade continental deveria se traduzir na permissão para o estacionamento de tropas na bases militares do Nordeste do Brasil, os brasileiros insistiam em se encarregar eles próprios da defesa de seu território. Para isso, porém, precisavam de material bélico moderno.
Até que esse assunto fosse resolvido, o governo Vargasconcedeu, de toda forma, facilidades importantes aos Estados Unidos. Em outubro de 1940 foi criada a Comissão Mista Brasil-Estados Unidos, que trabalhou no aprimoramento de medidas comuns de defesa. A seguir, em janeiro de 1941, um acordo assinado entre os dois países previu a instalação no Rio de Janeiro de duas missões militares norte-americanas (Exército e Aviação). Em abril do mesmo ano, novo acordo concedeu facilidades para a Marinha americana em operações na costa brasileira. Finalmente, em julho de 1941 o Brasil autorizou a utilização de suas bases navais e aéreas no Nordeste pelos norte-americanos.
A cada dia mais ciente da importância que a modernização do equipamento tinha para as Forças Armadas, e desejoso de garantir o apoio destas a seu governo, Vargas decidiu finalmente condicionar a consolidação do alinhamento aos Estados Unidos ao fornecimento do material solicitado. Foi o que fez por ocasião da Reunião de Chanceleres do Rio de Janeiro, em janeiro de 1942, na qual os Estados Unidos esperavam obter o rompimento das relações diplomáticas dos países do continente com os países do Eixo. A insistência no reequipamento feita pelos chefes militares brasileiros, representados pelos generais Eurico Dutra, ministro da Guerra, e Góes Monteiro, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, baseava-se no argumento de que o Brasil não estava preparado para arcar com as conseqüências do rompimento com o Eixo.
Após ajustes difíceis entre os interesses dos dois países, foi afinal assinado, em março de 1942, um acordo que possibilitava o envio de armas e munições ao Brasil no valor de US$ 200 milhões, em desdobramento aos chamados Acordos de Washington de 1942 que diziam respeito, basicamente, ao fornecimento de certas matérias-primas brasileiras à indústria norte-americana. Em contrapartida, Vargas atendeu à reivindicação dos Estados Unidos de aumentar seus efetivos no Nordeste e construir novas instalações militares na região. A seguir, com a assinatura de um novo acordo político-militar em maio de 1942, foram criadas comissões militares, nos dois países encarregadas de desenhar os planos de defesa conjunta para o Nordeste e elevar a capacitação das Forças Armadas brasieiras.
Às vésperas da declaração de guerra do Brasil à Alemanha e à Itália, em agosto de 1942, era indiscutível o comprometimento brasileiro com os Estados Unidos. Mais uma vez, porém, a implementação efetiva dos acordos de reequipamento das Forças Armadas enfrentaria problemas que só a criação da Força Expedicionária Brasileira iria resolver.
Desde o início de 1941, os Estados Unidos estavam decididos a cortar o fornecimento de matérias-primas brasileiras ao Eixo. Para tanto assinaram com o Brasil um contrato de aquisição de toda a sua produção de materiais estratégicos - bauxita, berilo, cromita, ferro-níquel, diamantes industriais, minério de manganês, mica, cristais de quartzo, borracha, titânio e zircônio. Nessas negociações, ênfase especial foi dada à borracha, produto que se tornara escasso após o avanço japonês no Sudeste Asiático. Com a ajuda de recursos norte-americanos, desencadeou-se na época a "batalha da borracha", projeto de estímulo à produção e distribuição do produto.. Com a entrada dos Estados Unidos na guerra em dezembro de 1941 e o conseqüente aumento da necessidade desses e de outros produtos estratégicos para a indústria bélica norte-americana, o governo brasileiro procurou associar novos acordos de venda à obtenção de armamentos para suas Forças Armadas.
Um outro fator que veio contribuir para tornar mais complexas as negociações entre os dois países foi a intenção do governo norte-americano de enviar tropas ao Nordeste brasileiro, com base no argumento de que a região se constituía em alvo potencial para um avanço alemão em direção América. Enquanto a concepção de defesa nacional dos Estados Unidos implicava a idéia de que cabia às forças norte-americanas arcar com a defesa do continente, e de que a solidariedade continental deveria se traduzir na permissão para o estacionamento de tropas na bases militares do Nordeste do Brasil, os brasileiros insistiam em se encarregar eles próprios da defesa de seu território. Para isso, porém, precisavam de material bélico moderno.
Até que esse assunto fosse resolvido, o governo Vargasconcedeu, de toda forma, facilidades importantes aos Estados Unidos. Em outubro de 1940 foi criada a Comissão Mista Brasil-Estados Unidos, que trabalhou no aprimoramento de medidas comuns de defesa. A seguir, em janeiro de 1941, um acordo assinado entre os dois países previu a instalação no Rio de Janeiro de duas missões militares norte-americanas (Exército e Aviação). Em abril do mesmo ano, novo acordo concedeu facilidades para a Marinha americana em operações na costa brasileira. Finalmente, em julho de 1941 o Brasil autorizou a utilização de suas bases navais e aéreas no Nordeste pelos norte-americanos.
A cada dia mais ciente da importância que a modernização do equipamento tinha para as Forças Armadas, e desejoso de garantir o apoio destas a seu governo, Vargas decidiu finalmente condicionar a consolidação do alinhamento aos Estados Unidos ao fornecimento do material solicitado. Foi o que fez por ocasião da Reunião de Chanceleres do Rio de Janeiro, em janeiro de 1942, na qual os Estados Unidos esperavam obter o rompimento das relações diplomáticas dos países do continente com os países do Eixo. A insistência no reequipamento feita pelos chefes militares brasileiros, representados pelos generais Eurico Dutra, ministro da Guerra, e Góes Monteiro, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, baseava-se no argumento de que o Brasil não estava preparado para arcar com as conseqüências do rompimento com o Eixo.
Após ajustes difíceis entre os interesses dos dois países, foi afinal assinado, em março de 1942, um acordo que possibilitava o envio de armas e munições ao Brasil no valor de US$ 200 milhões, em desdobramento aos chamados Acordos de Washington de 1942 que diziam respeito, basicamente, ao fornecimento de certas matérias-primas brasileiras à indústria norte-americana. Em contrapartida, Vargas atendeu à reivindicação dos Estados Unidos de aumentar seus efetivos no Nordeste e construir novas instalações militares na região. A seguir, com a assinatura de um novo acordo político-militar em maio de 1942, foram criadas comissões militares, nos dois países encarregadas de desenhar os planos de defesa conjunta para o Nordeste e elevar a capacitação das Forças Armadas brasieiras.
Às vésperas da declaração de guerra do Brasil à Alemanha e à Itália, em agosto de 1942, era indiscutível o comprometimento brasileiro com os Estados Unidos. Mais uma vez, porém, a implementação efetiva dos acordos de reequipamento das Forças Armadas enfrentaria problemas que só a criação da Força Expedicionária Brasileira iria resolver.
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