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O Tratado de Itaipu, assinado pelos então presidentes Alfredo Stroessner, do Paraguai, e Emílio Garrastazu Médici, do Brasil, previa a criação da Itaipu Binacional, com sede em Brasília e Assunção. Seu capital seria de US$ 100 milhões e a energia produzida seria dividida igualitariamente entre os dois países. O Anexo C do Tratado define as bases financeiras e de prestação dos serviços de eletricidade.
Está prevista para 2023 a revisão desse anexo, que define, entre outros, os valores da cessão de energia por parte do Paraguai e dos royalties, indenização paga pela exploração do Rio Paraná para a geração de energia.
Até lá, a dívida contraída para a construção da usina estará 100% paga. “O tema será tratado com profunda cooperação e total integração com nossos parceiros paraguaios”, afirma o diretor-geral brasileiro, Luiz Fernando Vianna. E complementa: “O respeito para com nossos irmãos paraguaios é enorme. Aliás, vejo essa parceria Brasil/Paraguai na Itaipu como um exemplo da boa relação internacional, de uma integração respeitosa e extremamente bem-sucedida”.
A escolha do local onde seria construída a usina foi técnica, mas conseguiu solucionar também uma questão diplomática entre o Brasil e o Paraguai, em torno de uma área na região de Sete Quedas. A formação do reservatório resolveu o litígio e diluiu as tensões, principalmente depois que se verificou o grande potencial hidrelétrico do Rio Paraná.
O projeto de Itaipu previa 12.600 MW, com 18 unidades geradoras. Em 2006 e 2007, a usina ganhou mais duas unidades e sua capacidade aumentou para 14 mil MW.
Fonte de pesquisa : Itaipu.gov