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A Revolta da Chibata aconteceu no ano de 1910, durante o governo do presidente Hermes da Fonseca. Na época, apenas 22 anos após a abolição da escravatura, a sociedade brasileira estava se desenvolvendo. A república dava origem à democracia, desenvolvíamos nossa sociedade a pleno vapor e as forças armadas brasileiras começavam a se formar como um ponto importante para a presidência, já que o Brasil passava a ser visto como uma nação frente a outros países.
Apesar de na época vivermos tempos de evolução, as raízes geradas por quase 400 anos de escravidão ainda estavam fortes em nosso consciente coletivo. Assim, a violência das punições, a falta de argumentação e a passividade frente às injustiças causadas, ainda eram muito marcantes em todas as esferas sociais.
Nesse contexto, os marinheiros também sofriam com as duras condições de trabalho a que eram submetidos. O principal problema eram as punições que existiam internamente na marinha, que incluíam chibatadas pelos erros mais banais, tais como perder o horário ou cumprir parcialmente seu serviço.
Mas é claro que a Revolta da Chibata teve outros motivos, também. O principal objetivo de tal revolta era por fim ao uso da chibata e às outras punições físicas que os marinheiros eram submetidos, o uso de santa-luzia e o aprisionamento em celas de isolamento muito semelhantes às utilizadas atualmente em solitárias nas cadeias do mundo. Além de tudo isso, havia o fator das condições de trabalho, já que os marinheiros queriam uma alimentação mais completa (à época, era comum os marinheiros ficarem dias sem comer e mesmo assim terem rações parciais de alimentação) e que fosse aplicada a lei dos honorários, que já havia sido aprovada pelo congresso, mas que ainda não havia entrado em vigência no cumprimento nacional.
João Cândido – o grande nome da Revolta da Chibata
Durante o ano de 1910, a insatisfação dos marinheiros já era evidente entre todos os superiores. Ainda assim, acreditava-se que não haveria consequências de tais insatisfações, portanto, muito pouco era feito para melhorar tais condições. Enquanto isso, as punições através das chicotadas eram cada vez mais comuns e cada vez mais violentas. Nesse contexto, os marinheiros estouraram e se revoltaram com o estopim da punição de um marinheiro chamado Marcelino Rodrigues, que foi condenado a 250 chibatadas por ter machucado um companheiro de marinha, dentro de um navio de guerra chamado Minas Gerais.
Frente à injustiça, foi feito um levante, retirando do poder o almirante vigente, tomando as armas e assassinando o capitão do navio e mais três militares. A Revolta da Chibata foi comandada por João Cândido, e o navio de guerra rapidamente teve a adesão dos marujos da nau de São Paulo. Assim, embora a Revolta da Chibata não tenha tido uma grande adesão, pode-se dizer que o fato de duas das principais forças da Marinha Brasileira terem aderido a tal programa fizeram toda a diferença para sua relevância histórica.
Uma revolta livre da violência e cheia de traições
Apesar das quatro mortes que aconteceram durante o levante, vale lembrar que a Revolta da Chibata não foi violenta. Quando os marujos tomaram o navio Minas Gerais, eles estrategicamente apontaram suas armas para a cidade do Rio de Janeiro, prometendo agir com grande violência caso suas requisições não fossem cumpridas. Por consequência, o presidente Hermes Fonseca percebeu a necessidade de agir com rapidez e efetividade no domínio de tal situação, aceitando os termos dos marinheiros.
Ao terem suas reivindicações aceitas, os marinheiros entregaram as armas e os navios tomados, mas eles foram logo em seguida traídos pelo presidente, sendo que a maioriados que participaram na Revolta da Chibata foi exilada. Como resposta, os marinheiros tomaram a Ilha das Cobras, exigindo o cumprimento para a devolução das terras.
Dessa vez, o governo agiu, e tal revolta foi duramente sufocada pelas tropas nacionais. Na Ilha das Cobras, muitos marinheiros morreram e outros tantos foram expulsos da marinha. João Cândido, líder da revolta, foi preso em isolamento durante dois anos, período que o levou à loucura. Em 1912, ele foi considerado inocente, assim como a maioria dos outros marinheiros envolvidos na revolta, incluindo aí muitos dos que haviam sido mortos pelas tropas brasileiras.
Apesar de na época vivermos tempos de evolução, as raízes geradas por quase 400 anos de escravidão ainda estavam fortes em nosso consciente coletivo. Assim, a violência das punições, a falta de argumentação e a passividade frente às injustiças causadas, ainda eram muito marcantes em todas as esferas sociais.
Nesse contexto, os marinheiros também sofriam com as duras condições de trabalho a que eram submetidos. O principal problema eram as punições que existiam internamente na marinha, que incluíam chibatadas pelos erros mais banais, tais como perder o horário ou cumprir parcialmente seu serviço.
Mas é claro que a Revolta da Chibata teve outros motivos, também. O principal objetivo de tal revolta era por fim ao uso da chibata e às outras punições físicas que os marinheiros eram submetidos, o uso de santa-luzia e o aprisionamento em celas de isolamento muito semelhantes às utilizadas atualmente em solitárias nas cadeias do mundo. Além de tudo isso, havia o fator das condições de trabalho, já que os marinheiros queriam uma alimentação mais completa (à época, era comum os marinheiros ficarem dias sem comer e mesmo assim terem rações parciais de alimentação) e que fosse aplicada a lei dos honorários, que já havia sido aprovada pelo congresso, mas que ainda não havia entrado em vigência no cumprimento nacional.
João Cândido – o grande nome da Revolta da Chibata
Durante o ano de 1910, a insatisfação dos marinheiros já era evidente entre todos os superiores. Ainda assim, acreditava-se que não haveria consequências de tais insatisfações, portanto, muito pouco era feito para melhorar tais condições. Enquanto isso, as punições através das chicotadas eram cada vez mais comuns e cada vez mais violentas. Nesse contexto, os marinheiros estouraram e se revoltaram com o estopim da punição de um marinheiro chamado Marcelino Rodrigues, que foi condenado a 250 chibatadas por ter machucado um companheiro de marinha, dentro de um navio de guerra chamado Minas Gerais.
Frente à injustiça, foi feito um levante, retirando do poder o almirante vigente, tomando as armas e assassinando o capitão do navio e mais três militares. A Revolta da Chibata foi comandada por João Cândido, e o navio de guerra rapidamente teve a adesão dos marujos da nau de São Paulo. Assim, embora a Revolta da Chibata não tenha tido uma grande adesão, pode-se dizer que o fato de duas das principais forças da Marinha Brasileira terem aderido a tal programa fizeram toda a diferença para sua relevância histórica.
Uma revolta livre da violência e cheia de traições
Apesar das quatro mortes que aconteceram durante o levante, vale lembrar que a Revolta da Chibata não foi violenta. Quando os marujos tomaram o navio Minas Gerais, eles estrategicamente apontaram suas armas para a cidade do Rio de Janeiro, prometendo agir com grande violência caso suas requisições não fossem cumpridas. Por consequência, o presidente Hermes Fonseca percebeu a necessidade de agir com rapidez e efetividade no domínio de tal situação, aceitando os termos dos marinheiros.
Ao terem suas reivindicações aceitas, os marinheiros entregaram as armas e os navios tomados, mas eles foram logo em seguida traídos pelo presidente, sendo que a maioriados que participaram na Revolta da Chibata foi exilada. Como resposta, os marinheiros tomaram a Ilha das Cobras, exigindo o cumprimento para a devolução das terras.
Dessa vez, o governo agiu, e tal revolta foi duramente sufocada pelas tropas nacionais. Na Ilha das Cobras, muitos marinheiros morreram e outros tantos foram expulsos da marinha. João Cândido, líder da revolta, foi preso em isolamento durante dois anos, período que o levou à loucura. Em 1912, ele foi considerado inocente, assim como a maioria dos outros marinheiros envolvidos na revolta, incluindo aí muitos dos que haviam sido mortos pelas tropas brasileiras.
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