• Matéria: Saúde
  • Autor: elianesantiago42
  • Perguntado 7 anos atrás

resenha do filme um golpe do destino

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respondido por: janainapatriciajp717
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Dr. McKee é do tipo canastrão – desses que poderiam apresentar um reality show de cirurgia plástica em Miami – abastado, boa pinta, goza da simpatia com os companheiros de trabalho, entretanto, tem um outro lado de si que flerta com a arrogância, o humor sádico, e a prepotência.

Para ele, um cirurgião “[…]entra, concerta e cai fora.”, assim, sem se apegar ao paciente nem demonstrar compaixão pelo mesmo. Como se não bastasse, sua vida pessoal não vai lá essas coisas. O próprio filho o chama de doutor, muito mais por distanciamento familiar do que sinal de respeito.

Mas é antes da metade do filme que o título entra em ação. Como já diria a Léia (também conhecida como minha mãe): “Quem não aprende pelo amor, aprende pela dor.”. Será através de um nódulo/tumor, que McKee se colocará na pele de um paciente, com todos os tormentos e angústias que uma moléstia grave proporciona ao ser humano – ser humano de carne e osso mesmo! Não daquele tipo em que ele costumava achar que eram seus pacientes.

Interessante é perceber a visão individualista do médico frente ao sofrimento. Era dele e só dele. Durante a enfermidade acabou se afastando ainda mais da família e amigos, demorou a compreender que seriam eles o melhor apoio em uma situação na qual se via.

“Há, quem me dera!”, exclamaria Ivan Ilitch a 7 palmos de nós. Era tudo o que queria! Uma família presente, uma mulher ao seu lado. O livro de Liev Tolstói retrata justamente a importância dos entes queridos durante momentos pelo qual McKee passou. São libertadores gestos simples como se sentar ao lado e conversar sobre o que aflige o outro. Um toque, um abraço.



Espero ter ajudado!
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