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Acho que o termo correto seria EXTRAÇÃO de pau-brasil. E não conheço a palavra "MALAGRAGEM" porém deu ao entender: Malandragem e foi justamente o que faltou aos portugueses, pois eles mantiveram as mesmas rotas comerciais e de navegação por uns 200 anos, malandros foram os franceses; ingleses e holandeses. No caso da extração de pau-brasil os portugueses contavam com o trabalho de índios, em sua maioria guerreiros, nômades e obviamente profundos conhecedores da terra. Essa mão de obra indígena acontecia através do escambo (não pejorativamente com troca de espelhinhos como dizem) e foi responsável pelo nosso primeiro ciclo econômico que durou até 1530 e iniciou um tipo de colonização, pois conforme acabava o Pau-Brasil das zonas litorâneas, eles avançavam mais para dentro do país, até " a fonte secar" afinal souberam cortar e esqueceram de plantar; outro exemplo da falta de malandragem portuguesa é que além do pau-brasil, obtemos o pigmento vermelho de diversas formas com o URUCUM por exemplo, mas isso seria trabalhoso para os portugueses e exigiria maior interação com os povos indígenas detentores desta técnica e conhecimento. Para entender a mão de obra indígena dentro de um conceito moderno e o uso correto da palavra escambo (forma comercial primitiva, através da troca com regras e aparente ausência de lucro); imagine que seu patrão faz um "plano" com a operadora de celular Claro onde todos os funcionários que participarem ganham um Iphone 7 por um dia da semana trabalhado só para a empresa de celular durante 5 anos, sem nenhum direito trabalhista ou remuneração além do "aparelinho". Para muitos seria uma boa proposta de acesso a esse produto, para outros não. Isso é escambo, o patrão é o malandro português, a Claro são os produtos manufaturados vindos da metrópole (portugal, espanha; europa (oriente via europa) e os índios "trabalhando em troca de espelinhos" somos eu e você loucos por um Iphone. :)