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Les Souffleurs propõe uma metáfora poética para uma circulação de informações anônimas, sussurrando segredos poéticos, filosóficos e literários no ouvido das pessoas, através de instrumentos que lembram canos ocos, em uma atitude ao mesmo tempo carinhosa e provocativa.
O objetivo do grupo é realizar uma performance para desacelerar o mundo, oferecer uma espécie de pausa.
Após escrever "Manifeste du Chuchotement" (Manifesto de Sussurros), em janeiro de 2001, Olivier Comte criou o grupo de intervenção poética “Les Souffleurs, commandos poétiques”, que propõe uma metáfora poética ao sussurrar nos ouvidos das pessoas segredos poéticos como poesias, filosofia e literatura com roussignols, tubos de carbono, fibra de vidro e papelão.
Os Souffleurs, que traduzindo do francês ao português significa “sopradores”, são compostos por 31 artistas “mudos”, dentre atores, escritores, artistas plásticos, cantores, músicos e outros, que sempre atuam em números ímpares e trajando preto, trabalhando com temas como a tolerância, o amor, curiosidade, a cólera entre outros.
Segundo Olivier Comte, “a emoção transparece no olhar das pessoas que são sopradas. Isso é tão profundo no ser humano que esse dom deve ser conservado a todo custo, para que esse presente se mantenha de uma forma excepcional”. Em outras palavras, a Cie Les Souffleurs propõe uma performance em que palavras não são necessárias para que o mundo aconteça. As armas da companhia são potencializadas no silêncio, na leveza dos movimentos e na doçura de sons singelos.
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