Peru, Chile e Argentina são países latino americanos onde houve a ocorrencia de governos militares na segunda metade do seculo XX. Quais as semelhanças e diferenças entre os governos militares de tais países e quais seus objetivos políticos?
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No decorrer dos regimes autoritários que assolaram a América Latina nos anos 1960 e 1970, iniciou-se um processo de resistência democrática em várias esferas sociais, incluindo vários atores e instituições sociais. Tal processo foi fundamental para o enfraquecimento e o fim dos regimes militares em diversos países, bem como para as mobilizações e conquistas que se seguiram: a reorganização dos partidos políticos, do movimento sindical e do movimento estudantil, o recrudescimento das pressões civis pela punição aos militares e pelo reconhecimento oficial dos mortos e desaparecidos durante o regime, as reivindicações populares no contexto da recessão econômica, dentre outras lutas que marcaram a volta ao `Estado de Direito` em muitos países de nosso continente.
Entre 1979 e 1990, mais de uma dezena de países latino-americanos viveram a transição democrática: na América do Sul, por exemplo, o fim do regime militar ocorreu em 1982, na Bolívia; em 1983, na Argentina; em 1984, no Uruguai; em 1985, no Brasil , e em 1988 no Chile [ver Cronologia]. Apesar do ocaso dos regimes militares ocorrer, na América Latina, num curto intervalo de tempo, há diferenças substanciais entre os processos históricos de cada país. Na Argentina, por exemplo, o fracasso da atuação das Forças Armadas na Guerra das Malvinas (1982) contribuiu substancialmente para o enfraquecimento do regime militar e para que uma grande mobilização popular se articulasse para exigir o fim da ditadura, que ocorreu logo em seguida, em 1983. Já no Chile, apesar de ter ocorrido, durante o regime militar, um gradual fortalecimento das mobilizações populares (no início dos anos 80), e a rearticulação dos partidos de esquerdas - que conformaram o Movimento Democrático Popular - o fim do regime militar foi um processo bem mais lento que o ocorrido na Argentina. Se comparado ao caso argentino, a estabilidade do regime militar chileno se revela no fato de que o general articulador do golpe militar de 1973, Augusto Pinochet, sempre gozou de significativa popularidade e governou o país até 1990.
Entre 1979 e 1990, mais de uma dezena de países latino-americanos viveram a transição democrática: na América do Sul, por exemplo, o fim do regime militar ocorreu em 1982, na Bolívia; em 1983, na Argentina; em 1984, no Uruguai; em 1985, no Brasil , e em 1988 no Chile [ver Cronologia]. Apesar do ocaso dos regimes militares ocorrer, na América Latina, num curto intervalo de tempo, há diferenças substanciais entre os processos históricos de cada país. Na Argentina, por exemplo, o fracasso da atuação das Forças Armadas na Guerra das Malvinas (1982) contribuiu substancialmente para o enfraquecimento do regime militar e para que uma grande mobilização popular se articulasse para exigir o fim da ditadura, que ocorreu logo em seguida, em 1983. Já no Chile, apesar de ter ocorrido, durante o regime militar, um gradual fortalecimento das mobilizações populares (no início dos anos 80), e a rearticulação dos partidos de esquerdas - que conformaram o Movimento Democrático Popular - o fim do regime militar foi um processo bem mais lento que o ocorrido na Argentina. Se comparado ao caso argentino, a estabilidade do regime militar chileno se revela no fato de que o general articulador do golpe militar de 1973, Augusto Pinochet, sempre gozou de significativa popularidade e governou o país até 1990.
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