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Embora muitos analistas perguntem porque é que a Nigéria ou o Egito, que são as maiores economias africanas, não fazem parte dos BRICS, Jakkie Cilliers, chefe do Programa Africano de Inovação do Instituto de Estudos de Segurança, na África do Sul, explica que nem tudo é uma questão económica.
"Eu acho que países como a Nigéria, que agora tem uma economia maior do que a África do Sul, têm uma política externa incoerente e muitos desafios internos. Isso leva os outros BRICS a pensar que provavelmente a Nigéria tem pouco a acrescentar ao grupo", diz.
Além disso, reforça Cilliers, "há esperança numa nova liderança na África do Sul, com Cyril Ramaphosa, que foi eleito Presidente do Congresso Nacional Africano, e que pode substituir Jacob Zuma como chefe de Estado. E nesse caso teremos um novo gabinete e um novo compromisso com os BRICS.
A importância dos BRICS
Os analistas não esperam grandes avanços no grupo formado pelas economias emergentes. No início da década, aqueles países juntaram-se com uma coisa em mente: protegerem-se contra potenciais atividades de espionagem da Europa e dos Estados Unidos.
Dos projetos ambiciosos iniciais, do papel saiu apenas o Novo Banco de Desenvolvimento, uma instituição financeira com sede em Shangai que pretende ser a alternativa ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional.
Apesar de muitos países e instituições considerarem os BRICS um projeto obsoleto, Jakkie Cilliers, acredita que este grupo manterá papel ativo. "Os BRICS continuam a ser importantes no cenário global do G20, porque é um contrapeso para o grupo do G7", prevê.
Em 2017, a participação destes países na economia global foi de 23,6% e em 2022 estima-se que essa quota aumente para 26,8%, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI). Mas em termos populacionais, os números são mais robustos: em 2015 os BRICS representavam 41% do total da população mundial.
"Eu acho que países como a Nigéria, que agora tem uma economia maior do que a África do Sul, têm uma política externa incoerente e muitos desafios internos. Isso leva os outros BRICS a pensar que provavelmente a Nigéria tem pouco a acrescentar ao grupo", diz.
Além disso, reforça Cilliers, "há esperança numa nova liderança na África do Sul, com Cyril Ramaphosa, que foi eleito Presidente do Congresso Nacional Africano, e que pode substituir Jacob Zuma como chefe de Estado. E nesse caso teremos um novo gabinete e um novo compromisso com os BRICS.
A importância dos BRICS
Os analistas não esperam grandes avanços no grupo formado pelas economias emergentes. No início da década, aqueles países juntaram-se com uma coisa em mente: protegerem-se contra potenciais atividades de espionagem da Europa e dos Estados Unidos.
Dos projetos ambiciosos iniciais, do papel saiu apenas o Novo Banco de Desenvolvimento, uma instituição financeira com sede em Shangai que pretende ser a alternativa ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional.
Apesar de muitos países e instituições considerarem os BRICS um projeto obsoleto, Jakkie Cilliers, acredita que este grupo manterá papel ativo. "Os BRICS continuam a ser importantes no cenário global do G20, porque é um contrapeso para o grupo do G7", prevê.
Em 2017, a participação destes países na economia global foi de 23,6% e em 2022 estima-se que essa quota aumente para 26,8%, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI). Mas em termos populacionais, os números são mais robustos: em 2015 os BRICS representavam 41% do total da população mundial.
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