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Com a desamortização que se deu no século XIX, com a venda das terras roubadas à Igreja e às municipalidades, há uma compra de consciências e aparece uma nova classe social que vai ser o suporte e o apoio do regime liberal. A desamortização trouxe o empobrecimento das classes mais desfavorecidas, dá-se um desastre cultural como nunca se tinha visto e começa uma crónica problemática social que se arrastará até aos nossos dias.
Esta oligarquia dos novos latifundiários, burgueses enriquecidos e nobreza "comprada", o exército infectado pelo vírus maçónico e a recém nascida classe partidocrática são a origem da plutocracia em Portugal.
O liberalismo ao destruir o regime corporativo em nome de uma liberdade de trabalho mal entendida; ao instituir o laicismo ou a secularização das instituições públicas para atender à falácia da liberdade de consciência; ao permitir uma competição livre e sem freios, a usura e os lucros excessivos para garantir uma ampla liberdade de concorrência, conseguiu criar uma grave crise social que foi a consequência lógica da concentração da riqueza e da proletarização crescente.
Com tudo isto desenvolveu-se o capitalismo que deu origem ao consumismo, fez crescer os vícios e patrocinou os prazeres, Por outro lado aparecem o marxismo e o anarquismo, subprodutos de toda esta dinâmica, efeitos dissolventes e degenerados, cuja explicação está na destruição de toda a ordem social comunitária do catolicismo.
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