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Postarei não uma frase, mas um trecho do poema condoreiro de Castro Alves escrito em 1869 em seu livro "O Navio Negreiro":
"Era um sonho dantesco... o tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho.
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar...
Negras mulheres, suspendendo às tetas
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Outras moças, mas nuas e espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs!
E ri-se a orquestra irônica, estridente...
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais ...
Se o velho arqueja, se no chão resvala,
Ouvem-se gritos... o chicote estala.
E voam mais e mais..."
- Castro Alves
Nesse trecho tem como entender como os donos dos navios negreiros, grandes responsáveis pelo tráfico negreiro no nosso país tratavam os negros, como todo cenário de horror da terceira geração do romantismo. Castro Alves sempre teve o desejo de provocar o homem a pensar nesses tratamentos aos negros. Recitavam-se esses tipos de poemas em praças públicas, para levar a reflexão a todos os tipos de pessoas que por ali passavam, inclusive aos negros que trabalhavam nas ruas.
Espero ter ajudado...
"Era um sonho dantesco... o tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho.
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar...
Negras mulheres, suspendendo às tetas
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Outras moças, mas nuas e espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs!
E ri-se a orquestra irônica, estridente...
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais ...
Se o velho arqueja, se no chão resvala,
Ouvem-se gritos... o chicote estala.
E voam mais e mais..."
- Castro Alves
Nesse trecho tem como entender como os donos dos navios negreiros, grandes responsáveis pelo tráfico negreiro no nosso país tratavam os negros, como todo cenário de horror da terceira geração do romantismo. Castro Alves sempre teve o desejo de provocar o homem a pensar nesses tratamentos aos negros. Recitavam-se esses tipos de poemas em praças públicas, para levar a reflexão a todos os tipos de pessoas que por ali passavam, inclusive aos negros que trabalhavam nas ruas.
Espero ter ajudado...
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