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Portugal foi o primeiro país a buscar fora da Europa a solução para os problemas pelos quais passava. A descoberta de um novo caminho marítimo para as Índias fez-se urgente, pois eliminaria a intermediação muçulmana no Mediterrâneo e o monopólio das cidades italianas, Génova e Veneza, e do comércio oriental.
Observamos que Portugal se destacava dos demais países, pois era o lugar da perfeita movimentação de ideias. Com a Dinastia de Borgonha formou-se o estado nacional, e com a dinastia de Avis promoveu-se a expansão. Segundo Nobert Elias, a Nação lusitana tornou-se forte politicamente e foi o primeiro país europeu a constituir um Estado Moderno, dedicado à actividade comercial-marítima, assumindo práticas mercantilistas. Portugal percebeu rapidamente que o ocidente não se definia mais pela religião romana ou pela cultura latina, mas também pela liberdade política.
A economia, que era baseada exclusivamente na agricultura, perdeu importância para outras atividades. As cidades portuárias cresceram e com isso surgiram novas profissões, as pequenas indústrias artesanais começaram a expandir e a imprensa foi aperfeiçoada. Ocorreu uma significativa transformação social nas pequenas cidades, composta por mercadores, comerciantes e artesãos, as quais passaram a “desafiar” o poder dos nobres.
A partir desse ano, e durante alguns séculos, Portugal foi o único país Europeu cujas fronteiras garantiam um país cuja casa tinha sido edificada solidamente para enfrentar desaires, apropriações ou tentativas de união.
A maneira de ser entre Portugal e todas as outras nações ibéricas, que só ficaram unidas a partir de 1492 e deram origem à Espanha, é muito diferente.