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Os elementos químicos podem perder ou ganhar elétrons. Antigamente, se dizia que a tendência dos elementos é de "ganhar" a distribuição eletrônica do gás nobre mais próximo, a famosa "regra dos octetos". Então, o elemento que possui menos de 4 elétrons na última camada, tende a perdê-los, para isso. O que tem mais de 4, tende a ganhá-los, para isso. E os que têm 4, tendem a compartilhá-los.
Cátion - um elemento que se oxidou (perdeu elétrons), ficando com uma carga positiva em excesso. Normalmente, é um metal ou o H;
Ânion - um elemento que se reduziu (recebeu elétrons), ficando com carga negativa em excesso. Normalmente, é um ametal ou também o H, nos hidretos metálicos;
Valência - é a capacidade do elemento de se ligar a outro(s). Normalmente, é o número de elétrons que ele pode ganhar ou perder - ou compartiljhar.
Fórmulas dos compostos: são como os elementos se organizam, para formar a matéria. Por exemplo, H2O é a fórmula da água. Significa que cada molécula de água possui dois átomos de hidrogênio (H2) e um átomo de oxigênio (O). Se não for assim, não será água. H2SO4 é a fórmula do ácido sulfúrico. Possui dois átomos de H (H2), um átomo de enxofre (S) e 4 átomos de oxigênio (O4). Se for diferente, não é ácido sulfúrico.
O elemento 22 é o titânio, Ti. Ele é um metal, chamado de metal de transição. Então sua tendência é perder elétrons e se tornar um cátion. A distribuição eletrônica dele é: 1s²2s²2p(6)3s²3p(6)4s². Sua tendência é perder os dois elétrons em 4s², formando um cátion bivalente (2+). Já os ametais (das colunas 15, 16 e 17 têm a tendência de ganhar elétrons, formando ânions. Uma ligação iônica é uma ligação entre dois ou mais íons (cátions e ânions), pois a tendência da matéria é ser eletricamente neutra. Então, ele tende a se combinar com um ânion bivalente negativo, com dois monovalentes negativos, etc, para neutralizar mutuamente suas cargas, formando compostos.
Uma ligação covalente (co = igual; valente) é uma ligação onde não se formam íons. Os elétrons são compartiljhados entre os átomos. Não há cátions nem ânions. Então, um elemento que possua 4 elétrons na camada de valência (última camada), como o C, por exemplo, tende a compartilhar esses 4 elétrons e formar até 4 ligações covalentes.
O elemento com Z = 9 tem a configuração eletrônica: 1s²2s² 2p(5). Então, ele tende a ganhar um elétron, para completar o subnível p. E, portanto, ele ficará com a valência -1 (um elétrons a mais que os prótons do núcleo).
O elemento com Z = 17 tem 1s²2s²2p(6)3s²2p(5). Ele também tenderá a receber um elétron, para completar seu subnível 2p. E sua tendência também é ficar com valência -1. Então, provavelmente, não existirá um composto entre esses dois elementos. E realmente não, pois o 9 é o F e o 17 é o Cl, ambos ametais da mesma coluna. Não existe um composto ClF.
A última, o fato de um elemento fazer uma ligação covalente com um primeiro e uma iônica com um segundo vai depender da diferença entre suas eletronegatividades. Quanto maior for essa diferença, tanto mais iônico será o composto. O composto mais iônico que existe é o FrF (fluoreto de frâncio), porque o frâncio é o elemento menos eletronegativo e o flúor é o mais eletronegativo. Essa ligação é praticamente 100% iônica.
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