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No Brasil, 33 laboratórios no Estado de São Paulo, incluindo dois do Instituto Agronômico de Campinas (IAC) , (Centro de Genética, Biologia Molecular e Fitoquímica e o Centro de Citricultura), participaram e foram responsáveis pela conclusão do Projeto Genoma Xylella, iniciado em junho de 98. O Brasil recebeu o mérito de ser o único país do Hemisfério Sul a desenvolver um projeto de sequenciamento completo de um organismo. O anúncio da conclusão do projeto foi feito no 1 Encontro sobre Genomas de Patógenos Agrícolas, realizado, recentemente, em San Diego-Califórnia-USA.
No discurso de abertura, o presidente da Comissão Organizadora, Peter Johnson, fez o seguinte pronunciamento: "Tenho uma boa e uma má notícia para vocês: a boa, é que o primeiro genoma de um patógeno vegetal está concluído; a má é que não foi feito nos Estados Unidos".
O Coordenador do referido projeto, Dr. Andrew Simpson, afirmou, ainda, que "o Brasil lidera, em termos mundiais, a genômica de patógenos vegetais.
O objetivo do Projeto Genoma Xylella foi decifrar o código genético (DNA) de uma bactéria que causa uma importante doença no citros, a Clorose Variegada dos Citros (CVC) ou "amarelinho", que vem prejudicando eco~omicamente a citricultura brasileira. Os prejuízos com esta doença atingem R$ 200 milhões anuais somente no Estado de São Paulo.
Com o código genético (DNA), todo decifrado, foram encontrados vários genes ligados a ação da bactéria em provocar a doença, exigência para propagação e multiplicação, além de outros. Com a descoberta, novos caminhos podem ser delineados de forma menos empírica visando o controle da CVC. Com isso, a citricultura brasileira será muito beneficiada nestes próximos anos.
A coordenação geral do projeto ficou a cargo do Dr. Andrew G. Simpson do Instituto Ludwig de Pesquisa do Câncer em São Paulo, além de um Comitê Internacional de acompanhamento do projeto. O Genoma contou com o apoio financeiro da FAPESP.