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Vivem no estado da Bahia, na Terra Indígena Massacará,
município de Euclides da Cunha e “ocupam imemorialmente uma área de
terra do sertão baiano, precisamente entre as bacias do rio Itapicuru e
do Vaza Barris. Tendo por centro de seu território a Igreja da
Santíssima Trindade de Massacará, fundada por missionários jesuítas em
1639, foram vítimas de usurpação de suas melhores terras pelos
fazendeiros regionais, que também exploraram-lhes como mão-de-obra
semi-escrava por um longo período. No final do séc. XIX, o governo
provincial, objetivando liberar as terras que lhes pertenciam à
exploração dos grandes fazendeiros, extinguiu a Missão dos índios de
Massacará.” (Souza, 1996).
Não há registros suficientes de termos nativos para concluir sobre a
filiação linguística desse grupo. Contudo, segundo Souza (1996),
“palavras isoladas coletadas por Reesink (1977) e Souza (1993) podem
sugerir tratar-se de um grupo da família linguística Kariri.”
Segundo dados da Funai
de Paulo Afonso (2011), as festas e rituais entre os Kaimbé incluem a
dança do Toré (não havendo uma data específica para sua realização), a
zabumba (semanalmente) e a dança do boi do araçá em período de festas ou
visitas na comunidade.
“A religião predominante é a Católica, também existindo alguns índios
que fazem parte da religião evangélica. Todos mantêm a tradição
indígena, independente da religião que fazem parte.” (Funai-P.A., 2011)
“Dispersos em unidades familiares, com relativa autonomia política,
os Kaimbé somente retomaram o processo de organização enquanto grupo
étnico na década de quarenta deste século, quando no bojo da luta pela
terra viram-se pressionados a assumir a identidade Kaimbé para legitimar
suas reivindicações territoriais.”
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