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Com o desenvolvimento da expansão marítima europeia a partir do século XV, as diversas partes do mundo passaram a se relacionar mais constantemente, em um processo que para muitos estudiosos se caracterizou como um primeiro estágio da globalização que hoje nos é tão evidente. As relações comerciais se ampliaram, as civilizações se confrontaram e as trocas culturais ficaram ainda mais intensas.
Embora tais inter-relações tenham se fortalecido em boa parte do cenário mundial, elas ocorreram destacadamente em favorecimento dos conquistadores europeus. Portugal e Espanha, países pioneiros nessa aventura marítima, alargaram suas áreas de influência por diversas regiões d’além-mar. Os continentes africano e asiático, já conhecidos pelos europeus, tiveram suas riquezas ainda mais exploradas, abrindo-se novas rotas comerciais que ligavam seus mercados à Europa ocidental.
Entretanto, foi na América que a ação colonizadora europeia certamente mais se consolidou. A chegada da frota de Cristovão Colombo à América Central representou apenas o marco inicial da dominação do novo continente pelos europeus. A partir de então, iniciava-se um violento processo de colonização, que levou à exploração e aculturação da população ameríndia.
DIVERSIDADE ÉTNICA
Região até então desconhecida (ao menos oficialmente) pelos europeus, a América passou a ser também chamada de “Novo Mundo”. Criado claramente através de um olhar eurocêntrico, este termo exemplifica a prevalência dos valores e códigos europeus nas relações que se desenvolveram entre os colonizadores do “Velho Mundo” e os nativos americanos. A própria Igreja Católica, interessada em conquistar fiéis e legitimar o poder da Coroa europeia, utilizou a catequese como uma eficiente estratégia de aculturação e controle desses povos colonizados.
Ainda que sob essa perspectiva eurocêntrica os povos ameríndios pudessem ser identificados como integrantes de um único grupo homogêneo - “o americano” -, na realidade apresentavam uma enorme pluralidade cultural, além de possuírem níveis muito distintos de desenvolvimento tecnológico e complexidade social. Para se ter compreensão dessa diversidade, estima-se que no início do século XVI a população americana aproximava-se de 50 milhões de pessoas, as quais eram divididas em inúmeros povos que falavam cerca de 2500 idiomas distintos.
O atual território brasileiro, por exemplo, era ocupado por tribos nômades e seminômades que se sustentavam através da caça, da pesca e de uma prática agrícola bastante rudimentar. Era o caso dos tupi-guarani, tribo que habitava o litoral brasileiro quando o português Pedro Álvares Cabral aportou em terras americanas.
Por outro lado, os espanhóis colonizaram áreas habitadas por grupos ameríndios extremamente desenvolvidos, como os astecas e os incas. Civilizações militarizadas, esses povos nativos formaram poderosos impérios a partir da dominação e estabelecimento de alianças com habitantes de outras regiões. Os incas, por exemplo, chegaram a dominar os atuais territórios do Peru, Bolívia, Chile, Argentina e Equador.
Estruturadas hierarquicamente, tais civilizações estabeleciam a seus integrantes funções sociais muito bem definidas. Boa parte da população estava vinculada à produção agrícola, às intensas relações comerciais ou à construção de estradas e fantásticas obras arquitetônicas. Uma pequena elite política monopolizava as ações tomadas pelo governo e os sacerdotes controlavam as questões vinculadas às suas religiões politeístas.
Embora tais inter-relações tenham se fortalecido em boa parte do cenário mundial, elas ocorreram destacadamente em favorecimento dos conquistadores europeus. Portugal e Espanha, países pioneiros nessa aventura marítima, alargaram suas áreas de influência por diversas regiões d’além-mar. Os continentes africano e asiático, já conhecidos pelos europeus, tiveram suas riquezas ainda mais exploradas, abrindo-se novas rotas comerciais que ligavam seus mercados à Europa ocidental.
Entretanto, foi na América que a ação colonizadora europeia certamente mais se consolidou. A chegada da frota de Cristovão Colombo à América Central representou apenas o marco inicial da dominação do novo continente pelos europeus. A partir de então, iniciava-se um violento processo de colonização, que levou à exploração e aculturação da população ameríndia.
DIVERSIDADE ÉTNICA
Região até então desconhecida (ao menos oficialmente) pelos europeus, a América passou a ser também chamada de “Novo Mundo”. Criado claramente através de um olhar eurocêntrico, este termo exemplifica a prevalência dos valores e códigos europeus nas relações que se desenvolveram entre os colonizadores do “Velho Mundo” e os nativos americanos. A própria Igreja Católica, interessada em conquistar fiéis e legitimar o poder da Coroa europeia, utilizou a catequese como uma eficiente estratégia de aculturação e controle desses povos colonizados.
Ainda que sob essa perspectiva eurocêntrica os povos ameríndios pudessem ser identificados como integrantes de um único grupo homogêneo - “o americano” -, na realidade apresentavam uma enorme pluralidade cultural, além de possuírem níveis muito distintos de desenvolvimento tecnológico e complexidade social. Para se ter compreensão dessa diversidade, estima-se que no início do século XVI a população americana aproximava-se de 50 milhões de pessoas, as quais eram divididas em inúmeros povos que falavam cerca de 2500 idiomas distintos.
O atual território brasileiro, por exemplo, era ocupado por tribos nômades e seminômades que se sustentavam através da caça, da pesca e de uma prática agrícola bastante rudimentar. Era o caso dos tupi-guarani, tribo que habitava o litoral brasileiro quando o português Pedro Álvares Cabral aportou em terras americanas.
Por outro lado, os espanhóis colonizaram áreas habitadas por grupos ameríndios extremamente desenvolvidos, como os astecas e os incas. Civilizações militarizadas, esses povos nativos formaram poderosos impérios a partir da dominação e estabelecimento de alianças com habitantes de outras regiões. Os incas, por exemplo, chegaram a dominar os atuais territórios do Peru, Bolívia, Chile, Argentina e Equador.
Estruturadas hierarquicamente, tais civilizações estabeleciam a seus integrantes funções sociais muito bem definidas. Boa parte da população estava vinculada à produção agrícola, às intensas relações comerciais ou à construção de estradas e fantásticas obras arquitetônicas. Uma pequena elite política monopolizava as ações tomadas pelo governo e os sacerdotes controlavam as questões vinculadas às suas religiões politeístas.
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