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Há dois tipos básicos de adultos que induzem ou permitem o trabalho infantil. Os que exploram crianças e jovens em situações análogas à escravidão, verdadeiros criminosos e que desta forma devem ser julgados e punidos. E aqueles pais ou responsáveis que o fazem por absoluta falta de alternativa; algumas vezes movidos por ganância, alcoolismo, drogadição, indolência, desemprego, não menos culpados, mas também vítimas.
Desde os anos 1930 defende-se a erradicação do trabalho infantil, mas sempre com a ressalva de que impedir as crianças de trabalhar poderia agravar enormemente a pobreza de algumas famílias; já naquela época associava-se a eliminação do trabalho infantil a políticas públicas de distribuição de renda. São poucas essas políticas, como a antiga Bolsa Escola, depois substituída pela Bolsa Família, que em princípio se destinava a suprir famílias em situação de penúria, com complemento de recursos desde que mantivessem seus filhos na escola, evitando assim que trabalhassem. Porém, com a dificuldade ou desinteresse de fiscalização, e mesmo a mudança de perspectiva, não têm se mostrado totalmente eficazes para reduzir o problema a níveis pelo menos aceitáveis.
Também devemos considerar a pouca atração exercida por algumas escolas, precárias, com professores desmotivados e conteúdos divorciados da realidade e da expectativa dos adolescentes. Os estudantes desses estabelecimentos, geralmente localizados em periferias e zonas de pobreza extrema, os trocam facilmente por atividades que lhes parecem mais prazerosas, que trazem um lucro imediatista, e que lhes dão uma identidade que não acreditam que o estudo proporcionará.
É uma das questões mais dolorosas e prementes que se apresenta aos educadores de todo o país, está na própria raiz da discussão sobre a universalidade e o sentido da educação.
Desde os anos 1930 defende-se a erradicação do trabalho infantil, mas sempre com a ressalva de que impedir as crianças de trabalhar poderia agravar enormemente a pobreza de algumas famílias; já naquela época associava-se a eliminação do trabalho infantil a políticas públicas de distribuição de renda. São poucas essas políticas, como a antiga Bolsa Escola, depois substituída pela Bolsa Família, que em princípio se destinava a suprir famílias em situação de penúria, com complemento de recursos desde que mantivessem seus filhos na escola, evitando assim que trabalhassem. Porém, com a dificuldade ou desinteresse de fiscalização, e mesmo a mudança de perspectiva, não têm se mostrado totalmente eficazes para reduzir o problema a níveis pelo menos aceitáveis.
Também devemos considerar a pouca atração exercida por algumas escolas, precárias, com professores desmotivados e conteúdos divorciados da realidade e da expectativa dos adolescentes. Os estudantes desses estabelecimentos, geralmente localizados em periferias e zonas de pobreza extrema, os trocam facilmente por atividades que lhes parecem mais prazerosas, que trazem um lucro imediatista, e que lhes dão uma identidade que não acreditam que o estudo proporcionará.
É uma das questões mais dolorosas e prementes que se apresenta aos educadores de todo o país, está na própria raiz da discussão sobre a universalidade e o sentido da educação.
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