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A discussão sobre elites políticas é bastante ampla e não é possível identificar um consenso em torno de um conceito, em virtude das formas diferenciadas de como é abordada a temática. O volume e a diversidade de estudos mostram o interesse que o tema desperta (Camargo, 1984) no debate iniciado no final século XIX e desenvolvido entre os anos de 1950 e 1980 (Grynszpan, 1996). Os autores clássicos buscaram explicar de que forma pequenos grupos de pessoas se destacavam nas sociedades, tendo como fundamento a manifestação do poder. O conceito no plural (elites) ou no singular (elite) é frequente na literatura. A forma adjetiva (elitismo) foi mais usada pelos críticos para "rotular" autores clássicos e, em certa medida, assumindo uma conotação pejorativa.
Na busca de melhor esclarecimento do uso e da função dos termos e tendo como objetivo usar uma metodologia para identificação de grupos políticos regionais na Amazônia, este artigo busca responder a seguinte questão: qual a estratégia metodológica mais eficaz para a identificação de elite política numa região?
O uso do termo "elite" nas ciências sociais tem início quando Mosca (1992) defende a tese de que em todas as sociedades existem duas classes (as que dirigem - classe política - e as que são dirigidas - massa). Pareto (1984) apresenta duas formas diferentes de elite (elite governante e elite não governante). Mosca argumenta que os grupos se diferenciam porque um grupo (minoria ou elite) está organizado e detém o poder de decisão; já outro grupo é formado pelos que sofrem as ações deste poder (a maioria ou massa). É a partir dessa tese que surge uma discussão em torno da polaridade elite versusmassa.3 Na concepção de Pareto, o poder de dirigir é o que destaca os que governam dos demais (os governados). No entanto, o autor prevê um fenômeno não tratado por Mosca, qual seja, o processo de renovação ou circulação das elites.
Na busca de melhor esclarecimento do uso e da função dos termos e tendo como objetivo usar uma metodologia para identificação de grupos políticos regionais na Amazônia, este artigo busca responder a seguinte questão: qual a estratégia metodológica mais eficaz para a identificação de elite política numa região?
O uso do termo "elite" nas ciências sociais tem início quando Mosca (1992) defende a tese de que em todas as sociedades existem duas classes (as que dirigem - classe política - e as que são dirigidas - massa). Pareto (1984) apresenta duas formas diferentes de elite (elite governante e elite não governante). Mosca argumenta que os grupos se diferenciam porque um grupo (minoria ou elite) está organizado e detém o poder de decisão; já outro grupo é formado pelos que sofrem as ações deste poder (a maioria ou massa). É a partir dessa tese que surge uma discussão em torno da polaridade elite versusmassa.3 Na concepção de Pareto, o poder de dirigir é o que destaca os que governam dos demais (os governados). No entanto, o autor prevê um fenômeno não tratado por Mosca, qual seja, o processo de renovação ou circulação das elites.
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