• Matéria: Filosofia
  • Autor: stfateles
  • Perguntado 7 anos atrás

quais os limites da razao?
filosofia de Immanuel Kant

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respondido por: cleideteixe
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filósofo inovador, pois em sua época propiciou uma nova visão à filosofia, de modo especial à metafísica, sobretudo porque analisa como se baseia o conhecimento, indo por um caminho estritamente de princípios racionais, definindo os princípios e os limites da razão. Na concepção de Kant, é preciso que o homem aprenda a filosofar, ou seja, trabalhe o talento da razão fazendo-a seguir princípios universais, mas sempre reservando à razão o direito de investigar aqueles princípios, confirmando-os ou rejeitando-os. Dessa forma, a razão produz filosofia e também conduz à critica do conhecimento.

No pensamento kantiano, a filosofia não deve ser cética, isto é, não deve desacreditar da razão, e nem dogmática, ou seja, confiar totalmente na razão. Kant fez uma síntese entre o racionalismo de Descartes e o empirismo de Hume. Sua proposta é o criticismo, que é um modo crítico de ver as condições da metafísica e da moral.

A inteligência, ou como Kant prefere chamar, o entendimento, exerce uma assimilação racional para conhecer, dessa forma a razão é ativa e não apenas receptiva, não apenas diz sobre a realidade, mas a razão possui estruturas que ordenam os conhecimentos, de modo que eles se tornem inteligíveis e tenham significados.

Kant mostra que “todo o conhecimento se inicia com a experiência, isso não prova que todo ele derive da experiência” (KANT, 1997, p.36), ou seja, para conhecer é preciso tanto a razão com seus instrumentos, como a experiência com os fatos da realidade empírica. Na geometria temos como saber a priori que a soma dos ângulos internos de um triângulo é sempre cento e oitenta graus, é um tipo de conhecimento que não depende da experiência com os fatos; pois eles se formam através de um conhecimento baseado na demonstração. Quanto ao conhecimento científico, este não nos dar certeza, porque não importa quantos casos tenham ocorridos no passado, isso não nos prova que continuará ocorrendo. Por exemplo, por mais que o sol tenha nascido por milhares e milhares de dias, nada nos afirma que este fato ira ocorrer no futuro.

A causalidade para Kant não está nos fenômenos que se pode observar pela experiência, mas sim no entendimento que analisa os fenômenos. O princípio da causalidade é um produto da razão, assim é conhecido a priori, pois não depende desta ou daquela experiência, mas se verifica absoluta independência de toda e qualquer experiência, ou seja, o princípio de causalidade não deve ter por base os fatos dogmáticos. Dessa forma vemos que não é possível chegar à verdade permanente em fenômenos que estão sujeitos a transformação.

A distinção entre conhecimento sintético e conhecimento analítico, é que aquele é baseado na experiência, e este reconhece a verdade sem a necessidade de uma prova empírica. Quando uma pessoa nos diz “hoje o tempo está bom”, ela diz sobre o tempo tendo como ponto de partida
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