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De início, é possível pensar, o sentimento ou a experiência, sublime como
uma resposta emocional que combina, de algum modo, emoções dessemelhantes,
como dor e prazer, angústia e satisfação, horror e júbilo. Combinam-se em
conjugações que parecem exceder, em muito, a nossa capacidade de auto-
preservação, mas que de modo diverso, e simultaneamente, enche-nos de um
sentimento de exaltação. Já por essa definição, percebemos que o estado
emocional respeitante ao sublime é algo complexo e, aparentemente,
contraditório. Reúne emoções não apenas diferentes umas das outras, mas
também, senso comum, não compatíveis umas com as outras.
Na Crítica da faculdade do juízo, ao final da Analítica do sublime, Kant
refere-se ao sublime como um objeto (da natureza) “[...] cuja representação
determina o ânimo a imaginar a inacessibilidade da natureza como apresentação
de idéias [grifo do autor]”1
O que estaria implicado nesta afirmação?
Ainda em termos muito gerais, podemos dizer que há coisas sobre as quais
nos é possível pensar, porém, não nos é possível traduzir por imagens, isto é,
exprimi-las por meio de uma figura. São, conforme em Kant, idéias de razão;
idéias respeitantes a uma faculdade humana que concebe, cria, dá nome às coisas,
articula idéias, podendo, neste movimento, projetar-se para além de qualquer
divisa, para além dos limites de toda experiência. Todavia, devido à nossa
natureza finita, corpórea, limitada no espaço e no tempo não nos é possível,
igualmente, transcender aos limites de toda experiência e, de fato, “experimentar”
tais idéias ou, em outras palavras, pô-las diante de nós como imagens. Instaura-se
aí uma tensão.
A idéia de Deus, a de imortalidade da alma e a idéia de liberdade são, tod
uma resposta emocional que combina, de algum modo, emoções dessemelhantes,
como dor e prazer, angústia e satisfação, horror e júbilo. Combinam-se em
conjugações que parecem exceder, em muito, a nossa capacidade de auto-
preservação, mas que de modo diverso, e simultaneamente, enche-nos de um
sentimento de exaltação. Já por essa definição, percebemos que o estado
emocional respeitante ao sublime é algo complexo e, aparentemente,
contraditório. Reúne emoções não apenas diferentes umas das outras, mas
também, senso comum, não compatíveis umas com as outras.
Na Crítica da faculdade do juízo, ao final da Analítica do sublime, Kant
refere-se ao sublime como um objeto (da natureza) “[...] cuja representação
determina o ânimo a imaginar a inacessibilidade da natureza como apresentação
de idéias [grifo do autor]”1
O que estaria implicado nesta afirmação?
Ainda em termos muito gerais, podemos dizer que há coisas sobre as quais
nos é possível pensar, porém, não nos é possível traduzir por imagens, isto é,
exprimi-las por meio de uma figura. São, conforme em Kant, idéias de razão;
idéias respeitantes a uma faculdade humana que concebe, cria, dá nome às coisas,
articula idéias, podendo, neste movimento, projetar-se para além de qualquer
divisa, para além dos limites de toda experiência. Todavia, devido à nossa
natureza finita, corpórea, limitada no espaço e no tempo não nos é possível,
igualmente, transcender aos limites de toda experiência e, de fato, “experimentar”
tais idéias ou, em outras palavras, pô-las diante de nós como imagens. Instaura-se
aí uma tensão.
A idéia de Deus, a de imortalidade da alma e a idéia de liberdade são, tod
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