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Olá,
Para Kuhn, a base da ciência está na não resolução de grande parte dos problemas, assim é a ruptura que caracteriza a ciência, permitindo revoluções, quando as soluções se esgotam em determinado paradigma (modelo ou padrão a ser seguido). Assim é possível questionar o próprio paradigma vigente, para permitir o avanço da ciência. É sempre uma sucessão de novos valores para a concepção do mundo. O entendimento desta revolução científica é fundamental e ao mesmo tempo um fundamento, pois um paradigma defeituoso é o pré-requisito para formulação de um novo paradigma.
Conceitos científicos estão em constante mudança, pois configuram conjuntos de métodos cuja abordagem satisfaz um grupo em determinado momento e uma descoberta científica acontece quando o paradigma vigente não é mais capaz de solucionar um problema.
Em Foucault encontramos uma analogia aos pensamentos de Kuhn, quando desenvolve uma aproximação do movimento teórico no estruturalismo, porém tem como ponto principal a relação entre poder e conhecimento, considerando que autoridades científicas classificam e ordenam o processo de construção de conhecimento. Foucault se opõe ao discurso de Kuhn por não reconhecer a descontinuidade na construção de paradigmas, deslocando consideravelmente sua conceitualização.