• Matéria: Geografia
  • Autor: victor213233pcwusg
  • Perguntado 7 anos atrás

como se deu a evolução das técnicas na história da humanidade

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respondido por: azul53
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Inicialmente, a produção era através de um sistema estritamente artesanal, onde o artesão respondia por todo o processo de transformação. A partir da época da Revolução Industrial, na segunda metade do século XVIII, o homem mudou completamente sua forma de produção devido à situação econômica favorável da época, que gerou estímulos ao consumo bem acima do conhecido até então. 

A quantidade produzida pela forma artesanal já não atendia mais a demanda período (1974). Foi então que a força de trabalho ganhou um custo fixo já que deixou de ser centralizada em um único artesão e foi substituída por uma produção mecânica e fabril. 

Observe nas figuras que a ordenha do animal, por exemplo, deixa de ser manual e passa a ser automatizada – evolução do processo produtivo. 

Essa situação trouxe a necessidade de um posto de trabalho, padronização de produtos e processos, treinamento da mão de obra, planejamento e controle da produção a fim de inspecionar o produto final na intenção de detectar possíveis falhas desde o processo produtivo até a expedição do produto final. 

Por isso, diversas modificações consideráveis nas linhas de produção surgiram e vem surgindo, por exemplo, a linha de montagem, criada por Henry Ford (seguidor de Frederick Taylor). Este processo, solidificado no período da Segunda Guerra Mundial, criou facilidades no que diz respeito à quantidade de produtos fabricados já para as pessoas formam inseridas em processos padronizados e com divisão distinta de tarefas na formação do produto final. Imagine você um frigorífico com os animais suspensos por uma corrente presa a uma calha passando de funcionário para funcionário sendo cada um com função específica. Um funcionário corta a cabeça, outro faz o escaldamento, outro retira as penas, outro faz corte dos membros, etc. Isso é uma linha de montagem onde o que se deseja do colaborador é apenas o lucro. 

Foi neste período pós-guerra e apoiado por um cenário econômico mais positivo que o sistema de produção ganhou força, contudo essa gestão era ainda baseada em qualidade de larga escala, ou seja, a qualidade existia mais a diversidade era muito pequena, pois se trabalhava com estoques e lotes de produção elevados. Por exemplo, produzia-se um lote com 50 Fords - todos pretos. 

Após o desenvolvimento do Fordismo nos Estados Unidos, durante a primeira metade do século XX, o Japão se encontrou num cenário totalmente desfavorável, pois as técnicas de produção do momento (Fordismo) exigia além de grandes investimentos uma grande quantidade de mão-de-obra.

O Japão não possui muitas matérias-primas além de apresentar um pequeno mercado consumidor o que inviabilizava o princípio fordista da produção em massa. 

Dentro destas condições, surgiu nas fábricas da montadora de automóvel Toyota o processo denominado toyotismo, que apresentava como elemento principal, a flexibilização da produção e a qualidade total do produto. Ao contrário do modelo fordista, que produzia muito e estocava o toyotismo só produzia o necessário, reduzindo ao máximo os estoques. 

Neste sentido, durante a década de 90, quando se buscou por produtos de melhor tecnologia e qualidade agregada a preço competitivo, difundiram-se técnicas japonesas que se baseavam em manter um fluxo contínuo dos produtos produzidos. Como exemplo, destacou-se o sistema Kanban integrado com a técnica Just-in-time. Técnicas hoje largamente difundidas quando se fala em administração da produção e de estoque: 

Just-in-time: sistema que determina que tudo deve ser produzido, transportado ou comprado na hora exata. Essa técnica objetiva redução de estoque e o custo que este agrega. 
  
Kanban: é a principal ferramenta para o funcionamento do Just-in-time que sinaliza com luzes, caixas vazias... o controle do processo produtivo. 

Dentre outros processos e dispositivos destinados a evitar a ocorrência de desperdícios e erros, estas técnicas foram sendo difundidas já que o objetivo era a eliminação do desperdício, agilidade na produtividade, redução dos estoques, etc. 

No Brasil esta evolução tem causado, até hoje, alterações em vários setores da economia já que a área de produção seja ela voltada para o setor de produtos ou de serviços tem sido além de desafiante delimitadora do sucesso ou fracasso da organização. 

Dentro desse panorama é que se tem difundido a necessidade de um gestor da produção – pessoa responsável pela tomada de decisão em projetos do sistema produtivo e controle deste a fim de se alcançar melhorias continuas (Kaizen ). 

Se você refletir sobre este processo verá que o Brasil ainda tem muito a evoluir até assumir uma condição que possibilite seu destaque nesse mundo de economia globalizado. Por outro lado podemos verificar que existe nessa situação uma grande oportunidade para o desenvolvimento profissional, já que a geração de lucro é vital para qualquer organização exceto, se esta for sem fins lucrativos ou de custos subsidiado.


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