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TIRADENTES E A INCONFIDÊNCIA MINEIRA
Período colonial
A Corte de Portugal
Estava fazendo mal
Para o povo brasileiro
E foi no solo mineiro
Que a saga teve início
Culminou c'o sacrifício
De um herói verdadeiro
Nossa gente tributada
De maneira exagerada
Daquilo estava cansada
Impostos altos, insanos
Além disso, os lusitanos
Com normas de impedimento
Brecam progresso e fomento
Frustrando os nossos planos
Eram tempos de opressão
E também da exploração
Do ouro na região
Qu'era grande produtora
Da extração mui promissora
Os lusos quintos cobravam
Vinte por cento levavam
Pra terra dominadora
Reservas do metal lindo
Já estavam se exaurindo
Porém, não diminuindo
As cobranças da coroa
Que pra ficar numa boa
Cria uma tal de Derrama
Todo mundo aqui se inflama
Insatisfação ecoa
A Derrama consistia
Em forçar quem produzia
A entregar certa quantia:
Todo ano cem arrobas
As forças do rei, não bobas
Não cumpridas exigências
Pertences das residências
Tiravam, cruéis, improbas
Perante a situação
A nossa população
Procurava solução
Pra por fim à indecência
Enfrentando a intransigência
Acabando c'o problema
Passa a ser corrente tema
Conquistar a independência
A elite reunida
Imagina uma saída
Pra não ser mais oprimida
E o Brasil ser libertado
O grupo foi liderado
Por um alferes, enfim
O seu nome era Joaquim *
Tiradentes alcunhado
Os ditos inconfidentes
Com seu líder Tiradentes
Tinham firme em suas mentes
A proposta patriótica
E segundo sua ótica
Precisavam se mexer
Rapidinho reverter
A coisa demais caótica
O citado agrupamento
Agendou o movimento
Quando do acontecimento
Da Derrama no país
Porque o apoio quis
Da população irada
E deveras revoltada
Com aqueles atos vis
Porém, vã foi a esperança
Um xará da liderança **
Traiu sua confiança
Delatou a intenção
Em troca de ter perdão
Para as dívidas que tinha
Sua atitude mesquinha
Decretou a frustração
Depois de aprisionados
Para o Rio encaminhados
Todos foram acusados
De infiéis ao seu monarca
Parte presa, parte embarca
Rumo a outro continente
Pro líder inconfidente
A pena foi d'outra marca
Ao homem ora em comento
O castigo mais sangrento
A sentença: enforcamento
Vinte um do mês de abril
Nosso mártir sucumbiu
Contudo, deixou plantada
A semente da esperada
Liberdade do Brasil!!!
* Joaquim José da Silva Xavier
** Joaquim Silvério dos Reis
Jerson Brito