Preciso fazer uma crítica sobre isso
Navegar é preciso
As viagens marítimas européias, realizadas entre os séculos XV e XVI, são consideradas momento importante da História: é quando se inicia o processo de expansão dessas culturas para diversas partes do mundo. Mas, para compreender esse momento, é preciso voltar um pouco no tempo, para quando o comércio europeu começou a ganhar impulso e a Idade Média se aproximava do seu fim.
Nessa época, na Europa, o principal local de comércio eram as áreas próximas ao mar Mediterrâneo. Por ali se conseguia obter produtos vindos do Oriente, as chamadas especiarias.
Com o aumento da atividade comercial, essas rotas começaram a se estender para as feiras espalhadas pelo interior do continente e em direção aos mares do Norte e do Báltico. Para chegar a esses mares, seguia-se pela área litorânea do Atlântico, passando por Portugal, onde surgiu um poderoso grupo mercantil, em especial na cidade de Lisboa.
O desejo desse grupo era alcançar diretamente as fontes produtoras de especiarias no Oriente, eliminando intermédiarios como os muçulmanos – afinal, além de inimigos de fé, a ação encarecia as mercadorias ali negociadas. Vários setores da nobreza também se mostravam adeptos da idéia: percebiam nela inúmeras possibilidades de glória, poder e lucro.
Esse aumento do comércio foi acompanhado por significativo avanço técnico na área da navegação, obtido em grande parte pelo contato entre os mercadores europeus, muçulmanos e bizantinos, que atuavam na área do Mediterrâneo. Esse contato tornou possível, por exemplo, a difusão do uso de instrumentos náuticos como a bússola, o quadrante e o astrolábio.
Nas navegações marítimas europeias , assim vários dos instrumentos utilizados eram de origem asiática, aperfeiçoados pelos muçulmanos. Nessa época também se desenvolveu a caravela, uma embarcação mais resistente que os navios utilizados nas viagens pelo Mediterrâneo (em mar fechado) e apropriada á navegação oceânica (em mar aberto).
Foram esses recursos técnicos que viabilizaram a busca das mercadorias desejadas pelos europeus, principalmente as especiarias produzidas no oriente. Por especiarias estendia-se uma porção de mercadorias, como óleos, perfumes, temperos, produtos medicinais e farmacêuticos de origem vegetal.
Havia, por exemplo, a pimenta-do-reino (para conservar e dar sabor ao alimento), o cravo (que dava aroma à comida e podia ser usado para fins medicinais), a canela (de uso medicinal e usada no preparo de bebidas e comidas), o gengibre ( para temperar alimentos e produzir medicamentos) e a noz-moscada (para temperar e conservar a comida.) As especiarias, compradas e transportadas secas, resistiam às longas jornadas.
Realidade e fantasia
Nessa Europa em transformação, os ritmos de permanência e mudança podiam ser percebidos por todo canto. Afinal, aquele era um tempo marcado por renovações, mas também por inúmeros elementos vindos da época feudal.
Muitas pessoas, por exemplo, julgavam que a terra era o centro do universo e não se movia; outros, ao contrário, identificavam os seus movimentos em meio a um universo infinito.
Para os mais céticos, o mar tenebroso, como era chamado o oceano Atlântico, encontrava-se infestado por monstros e seres fantásticos, Tinha ainda abismos sem fim, a ameaçar os marinheiros, que por ali se aventuravam. A presença do fantástico e do maravilhoso era uma constante na maneira de pensar em incontáveis europeus do inicio da modernidade.
Essa característica fazia parte do imaginário daqueles que acompanhavam as viagens marítimas, principalmente por meio das descrições feitas pelos viajantes das chamadas terras incógnitas. Esses relatos eram feitos a partir de observações atentas e provocam medo e pesadelo; mas também geravam enorme fascínio pelo desconhecido. Essas descrições produziam imagens tão fantásticas, que muitos europeus acreditavam na existência de um paraíso terrestre: lugar em que a fartura, a ausência de doenças e injustiças e a vida longa estavam reservadas aos seres humanos. Ali era possível encontrar até mesmo a fonte da juventude eterna.
Muitos parecem ter participado das viagens marítimas com esse espírito, como o aventureiro espanhol Juan Ponce de Leon, que em 1512 esteve no continente americano, acreditando na possibilidade de a fonte da juventude se localizar na região da atual Flórida. Todo esse imaginário fantasiosoz em grande parte de origem medieval, sobreviveu até por volta do século XVIII.
Assim, se o expansionismo europeu foi motivado por razões de ordem econômica e política, foi também pelo fascínio trazido pelo desconhecido.
Respostas
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8
Bom uma crítica sobre o tema da história desse texto é que naquela muitas coisas boas aconteceram de fato, mas muito também foi tirado de outros povos e civilizações desses lugares desconhecidos. Os recursos naturais muito explorados nas Índias e no restante dos países tropicais chamavam muita atenção dos europeus . Além de forte desaparecimento de povos que foram destinados e extintos, como os índios das Américas, os africanos e etc...
sadmona:
ja me ajudou bastante! Agora vou fazer mais um pouco sz
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