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Era 1972, fim de ano. Terminava o primeiro ano da faculdade de medicina da USP em Ribeirão Preto. Fizera grandes ligações no Centro Acadêmico Rocha Lima – do qual viria a ser presidente em 1975 -, então dirigido por um pessoal de esquerda sobrevivente dos golpes de 1968.
O segundo semestre do ano era de aulas durante todo o dia, grupos de estudo durante todas as noites, madrugadas adentro. Meu grupo contrastava com forte núcleo trotsquista (que depois viria a fundar o PT), e estudava o marxismo e a realidade brasileira. Bela biblioteca tínhamos então!
A clandestinidade era absoluta. Nossos mentores, desconfiávamos, eram do PCdoB ou ALN, como sabê-lo? Pela ALN tínhamos contato com alguém da família Vannuchi, de São Joaquim da Barra, isso sabíamos. Mas, e pelo PCdoB? Era estranho. Eram os dias iniciais do Araguaia, do qual nos orgulhávamos (muitos materiais cirúrgicos e remédios enviamos para lá). Só em dezembro o jogo se abriu. Íamos todos para o PCdoB, e o caminho era pela ala da AP que estava ingressando no PCdoB.
Fechamos PCdoB após a leitura de todos os documentos fundamentais de toda a esquerda organizada. Todos mesmo! Tudo tinha a ver com o caráter da revolução brasileira. Foi uma decisão finalizada em março de 1973, quando fechamos o contato com a direção estadual organizada do PCdoB.
Digo isso para lembrar do impacto que me causou o documento de 1972, alegadamente de Pedro Pomar, sobre o sesquicentenário da Independência. Aquilo foi um deslumbramento! Traçava as ligações decisivas para mim, na época (e até hoje!) entre o caráter nacional, democrático e popular do processo revolucionário brasileiro. Ficou-me marcado na alma.
Ainda hoje me impressiona esse documento, é um clássico. Por isso o transcrevo aqui, de uma postagem da Fundação Maurício Grabois. Permanece fundamental, não obstante o que é datado. Boa leitura.
ESPERO TER AJUDADO.
O segundo semestre do ano era de aulas durante todo o dia, grupos de estudo durante todas as noites, madrugadas adentro. Meu grupo contrastava com forte núcleo trotsquista (que depois viria a fundar o PT), e estudava o marxismo e a realidade brasileira. Bela biblioteca tínhamos então!
A clandestinidade era absoluta. Nossos mentores, desconfiávamos, eram do PCdoB ou ALN, como sabê-lo? Pela ALN tínhamos contato com alguém da família Vannuchi, de São Joaquim da Barra, isso sabíamos. Mas, e pelo PCdoB? Era estranho. Eram os dias iniciais do Araguaia, do qual nos orgulhávamos (muitos materiais cirúrgicos e remédios enviamos para lá). Só em dezembro o jogo se abriu. Íamos todos para o PCdoB, e o caminho era pela ala da AP que estava ingressando no PCdoB.
Fechamos PCdoB após a leitura de todos os documentos fundamentais de toda a esquerda organizada. Todos mesmo! Tudo tinha a ver com o caráter da revolução brasileira. Foi uma decisão finalizada em março de 1973, quando fechamos o contato com a direção estadual organizada do PCdoB.
Digo isso para lembrar do impacto que me causou o documento de 1972, alegadamente de Pedro Pomar, sobre o sesquicentenário da Independência. Aquilo foi um deslumbramento! Traçava as ligações decisivas para mim, na época (e até hoje!) entre o caráter nacional, democrático e popular do processo revolucionário brasileiro. Ficou-me marcado na alma.
Ainda hoje me impressiona esse documento, é um clássico. Por isso o transcrevo aqui, de uma postagem da Fundação Maurício Grabois. Permanece fundamental, não obstante o que é datado. Boa leitura.
ESPERO TER AJUDADO.
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