Respostas
"Luzes de altitude apagadas, o chão está à nossa frente", falou então Armstrong. "Parece magnífico, Águia, parece magnífico, pode alunar", foi a resposta de Houston. "Compreendido, autorizada a alunagem, 1.000 metros, 800 metros... bem, parece que aguenta." "Temos bons dados, parecem magníficos aos oito minutos, Águia, parecem magníficos, adiante!" "164 metros... 121 ... baixando muito bem... 60 metros... 30, tudo continua parecendo bem. Inclinando-se um pouco à direita. Está bem. Motores apagados." "Aqui, a Base da Tranqüilidade. Águia alunou." Às 5 e 18 da tarde, a voz de Neil Armstrong - seu coração batia 150 vezes por minuto - atravessava o vácuo e chegava à Terra anunciando o fim do dramático diálogo dos 22 segundos da descida. "É fantástico", disse Collins, voando a 92 quilômetros de altura.
Os minutos seguintes foram de profundo silêncio. Os astronautas examinavam cuidadosamente seu veículo para um eventual regresso de emergência. Minutos depois - a nave pousou sem qualquer avaria e quase na horizontal - justificavam o desprezível atraso de 35 segundos em relação ao tempo previsto para a alunagem, com uma fantástica descrição: "Avistamos crateras escarpadas e enorme número de rochas. E pousamos um pouco adiante".
No interior da águia metálica, Armstrong e Aldrin olhavam para a paisagem agreste: uma superfície quase lisa, com milhares de minúsculas crateras e limitada por desfiladeiros e colinas. A apenas 2,4 km de distância, o horizonte lunar mostrava um Sol que se punha e, no solo estranho, a cor oscilava entre o branco e o cinza.
Em Houston, Texas, um jornalista hindu interrompeu seu trabalho, ajoelhou-se no chão e beijou a velha Terra. Antecipava-se ao pedido feito momentos depois por Edwin Aldrin, piloto do Módulo Lunar: "Quero aproveitar esta oportunidade para pedir, a todos e a cada um dos que me escutam, que se detenham durante um momento para meditar sobre os acontecimentos das últimas horas e dêem graças à sua maneira".