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Viva - A Vida é uma Festa explora não apenas a morte natural, mas as mortes por acidente, o assassinato e a morte simbólica, ou seja, o esquecimento.O conteúdo poderia soar árido demais para o público infantil, porém o diretor Lee Unkrich suaviza a ideia com música, poesia e afeto familiar.A história gira em torno de um garotinho apaixonado por canções, vivendo dentro de uma estrutura matriarcal onde a música é banida devido a um trauma.Ao confrontar o pequeno Miguel à morte, e portanto ao limite de seus desejos, o roteiro de Viva felizmente foge à chantagem emocional.A espiritualidade da trama dispensa a necessidade de igrejas e padres, enquanto a paixão pela música e pela poesia trazem a cultura ao cotidiano.Tecnicamente, o filme demonstra a segurança da Pixar na criação de personagens e cenários. Ao invés de se colar ao máximo à técnica realista, o estúdio privilegia a riqueza da fotografia, dos sons, da montagem, da direção de arte.Talvez este seja um dos aspectos mais bem-sucedidos da obra: a conexão honesta e simples com os sentimentos do público