Atente-se às informações a seguir.
Você já deve ter-se acostumado a ouvir *“haviam pessoas”, *“haverão dúvidas” — construções provavelmente inspiradas, por analogia, em “existiam pessoas” e “existirão dúvidas”; mas com certeza ficaria surpreso se soubesse o quanto se discute, entre os estudiosos, a conveniência de considerar, de uma vez por todas, o verbo haver como um verbo comum com sujeito posposto. Há bons argumentos tanto contra quanto a favor desse “reenquadramento” de haver, e as defesas são feitas por jovens e velhos gramáticos. Trata-se, porém, de definir um item da forma escrita culta; portanto, se você quer se sentir seguro, não invente moda e opte por deixar o verbo sempre no singular. Em outras palavras: se você não quer chamar a atenção de todos durante a cerimônia, use gravata (e, de preferência, com um nó clássico).
Para o falante brasileiro, as três frases são sinônimas:
(1) Não havia dinheiro no cofre.
(2) Não existia dinheiro no cofre.
(3) Não tinha dinheiro no cofre.
Se trocarmos dinheiro por documentos, no entanto, está armada a confusão:
(1) Não havia documentos no cofre.
(2) Não existiam documentos no cofre.
A frase (3) é mais complicada, pois o uso de ter com valor existencial ainda é classificado como inadequado na língua culta formal escrita. Se quisermos, assim mesmo, empregá-lo, vamos ter de escolher qual dos dois modelos (o de haver, impessoal, ou o de existir) o verbo vai seguir. Minha intuição aponta para a primeira hipótese: “Não tinha documentos no cofre”.
Em seu texto, professor Moreno descreve a impessoalidade de certos verbos da língua portuguesa e relata discussões existentes no âmbito da gramática contemporânea. Essas informações apontam para o fato de que
Escolha uma:
a. a escolha entre haver e existir não resulta em diferença semântica ou sintática, de acordo com a norma padrão da língua portuguesa.
b. o emprego de Houveram protestos ainda é rejeitado pela tradição gramatical, uma vez que o verbo haver é impessoal nesse contexto.
c. a construção Ontem tiveram protestos na cidade é a tendência em que aposta o autor para a forma favorita dos falantes.
d. a substituição de haver por existir ou por ter não implica alteração na estrutura de concordância normativa.
e. as estruturas Existiu protestos e Houve protestos ainda não são aceitas pela descrição gramatical do nosso idioma.
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letra e. Pois conta sobre as estruturas apresentadas no texto, tanto dentro da capacidade de entender uma lógica dentro da gramática e contextual falada no texto.
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