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A industrialização da África é muito pouca, justamente porque na época da colonização, os países só queriam ir na África por causa de sua imensidão de recursos mineirais, e diferentemente de outras colonias que se industrializaram, a África não teve esse benefício.
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A África continua a ser o continente menos industrializado do mundo, lamentaram quinta-feira em Abidjan peritos reunidos no quadro da sexta Conferência dos Ministros Africanos da Economia e Finanças sob o lema "Industrialização ao Serviço da Emergência de África".
Segundo um estudo divulgado no âmbito deste encontro organizado pela União Africana (UA) e pela Comissão Económica da ONU para África (CEA), de 1980 a 2009 a parte do valor acrescentado manufatureiro no PIB aumentou ligeiramente na África do Norte, passando de 12,6 para 13,6 porcento, mas recuou no resto de África de 16,6 para 12,7 porcento.
Mais de meio século depois das independências e enquanto as outras regiões aumentaram a sua quota de exportações de produtos manufaturados, o continente africano depende ainda, das exportações para os países industrializados de matérias-primas que depois de transformadas são revendidas muito mais caro a África.
Por outro lado, a África não evoluiu muito no seu modo de exportar em relação à dependência dos produtos básicos da época colonial. Portanto, o índice de concentração das exportações de África aumentou, passando de 0,24 porcento em 1995 para 0,43 porcento em 2011, o que é evidentemente mais elevado do que na maioria das regiões em desenvolvimento.
Mais de metade dos países africanos caraterizam-se por um índice de concentração das exportações de 0,4 porcento ou superior e o índice de diversificação das exportações de África continuou acima de 0,5 porcento de 1995 a 2011, ao passo que todos os países do continente possuem um índice igual ou superior a 0,5 porcento.
Por sua vez, a dependência da produção e da exportação de produtos primários expõe o continente aos choques da procura externa e acarreta despesas orçamentais procíclicas em numerosos países que dependem das receitas extraídas dos seus recursos.
Mais grave ainda, indica o estudo, o facto de a economia africana se basear nos produtos básicos hipoteca muito a sua viabilidade a longo prazo, pois a sua agricultura vê os seus rendimentos de escala diminuir devido a problemas fundiários e a exploração dos recursos naturais não renováveis é limitada pelas reservas disponíveis.
Esta estagnação industrial contrasta muito com o sucesso dos países recentemente industrializados da Ásia do Leste. O índice de diversificação das exportações de África continuou o mesmo (mais de 0,5 porcento de 1995 a 2011), enquanto o da Ásia em desenvolvimento recuou muito, passando de 0,34 para 0,24 porcento.
Para os peritos, os países africanos poderão inspirar-se do modelo asiático baseado na criação de quadros estáveis e previsíveis para atrair os investimentos, o prosseguimento dum diálogo estreito, constante com o sector privado e o recurso simultâneo a estratégias de substituição das importações e de promoção das exportações que sirvam melhor o objectivo da industrialização
Segundo um estudo divulgado no âmbito deste encontro organizado pela União Africana (UA) e pela Comissão Económica da ONU para África (CEA), de 1980 a 2009 a parte do valor acrescentado manufatureiro no PIB aumentou ligeiramente na África do Norte, passando de 12,6 para 13,6 porcento, mas recuou no resto de África de 16,6 para 12,7 porcento.
Mais de meio século depois das independências e enquanto as outras regiões aumentaram a sua quota de exportações de produtos manufaturados, o continente africano depende ainda, das exportações para os países industrializados de matérias-primas que depois de transformadas são revendidas muito mais caro a África.
Por outro lado, a África não evoluiu muito no seu modo de exportar em relação à dependência dos produtos básicos da época colonial. Portanto, o índice de concentração das exportações de África aumentou, passando de 0,24 porcento em 1995 para 0,43 porcento em 2011, o que é evidentemente mais elevado do que na maioria das regiões em desenvolvimento.
Mais de metade dos países africanos caraterizam-se por um índice de concentração das exportações de 0,4 porcento ou superior e o índice de diversificação das exportações de África continuou acima de 0,5 porcento de 1995 a 2011, ao passo que todos os países do continente possuem um índice igual ou superior a 0,5 porcento.
Por sua vez, a dependência da produção e da exportação de produtos primários expõe o continente aos choques da procura externa e acarreta despesas orçamentais procíclicas em numerosos países que dependem das receitas extraídas dos seus recursos.
Mais grave ainda, indica o estudo, o facto de a economia africana se basear nos produtos básicos hipoteca muito a sua viabilidade a longo prazo, pois a sua agricultura vê os seus rendimentos de escala diminuir devido a problemas fundiários e a exploração dos recursos naturais não renováveis é limitada pelas reservas disponíveis.
Esta estagnação industrial contrasta muito com o sucesso dos países recentemente industrializados da Ásia do Leste. O índice de diversificação das exportações de África continuou o mesmo (mais de 0,5 porcento de 1995 a 2011), enquanto o da Ásia em desenvolvimento recuou muito, passando de 0,34 para 0,24 porcento.
Para os peritos, os países africanos poderão inspirar-se do modelo asiático baseado na criação de quadros estáveis e previsíveis para atrair os investimentos, o prosseguimento dum diálogo estreito, constante com o sector privado e o recurso simultâneo a estratégias de substituição das importações e de promoção das exportações que sirvam melhor o objectivo da industrialização
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