• Matéria: Português
  • Autor: brunalopezz
  • Perguntado 7 anos atrás



(1) No texto 1, para retratar as atribulações do mundo, Gonzaga utiliza a cor local, afastando-se das convenções árcades. Nas primeiras quatro estrofes, que atividades próprias do período colonial no Brasil são apresentadas? Justifique sua resposta com elementos do texto.

(2) As primeiras quatro estrofes do poema são introduzidas pela expressão negativa não verás. O que o eu lírico enfatiza por meio da repetição dessa expressão?

(3) Com a expressão afirmativa''Verás'', na quinta estrofe, tem início a segunda parte do poema.

(a) Nessa parte, como é caracterizado o ambiente em que o eu lírico pretende viver com Marília?

(b) As atividade que o eu lírico projeta para esse ambiente se contrapõem àquelas que são retratadas na primeira parte do poema ? Por quê?

(c) Conclua: Pode-se dizer que, nessa poema, Gonzaga adota uma identidade tipicamente pastoril? Justifique sua resposta com elementos do texto.

(4) Na ultima estrofe, o eu lírico se apresenta como um poeta que louva em seus versos os encantos de Marília. Pode-se dizer que, nessa estrofe, ele enaltece os próprios poemas? Por quê? Justifique sua resposta com elementos do texto.

(5) No poema de Gonzaga, que valores da burguesia são expresso? Justifique sua resposta com elementos do texto.

(6) Marília é retratada no poem como uma mulher que se interessa por literatura e história. Veja nestes outros versos do poeta como ela é descrita:
A minha bela Marília
tem de seu um bom tesouro;
não é, doce Alceu, formado
do buscado
metal louro;
é feito de um dos alvos dentes,
é feito de um dos olhos belos,
de umas faces graciosas,
de crespos, finos cabelos,

De acordo com esses versos e o poema em estudo, Marília é uma figura abstrata, como Nise, de Cláudio Manuel da Costa? Justifique sua resposta com elementos do texto.

Anexos:

Respostas

respondido por: LarissaMoura3
388

Olá!


1) As atividades próprias do período colonial no Brasil apresentadas por Gonzaga nas primeiras quatros estrofes são: de mineração do ouro e agricultura. Elementos do texto: “e já brilharem os granetes de ouro no fundo da bateia.” e “Não verás derrubar os virgens matos, queimar as capoeiras inda novas, servir de adubo à terra a fértil cinza, lançar os grãos nas covas.”


2) Enfatiza que Marília irá se concentrar na seu lar, a partir do momento em que as mudanças estiverem do lado de fora.


3) a) É caracterizado como algo familiar e de cunho doméstico.

b) Sim, no começo percebemos algo relacionado com a sociedade e depois algo mais específico a vida doméstica.

c) Sim, pois ele valoriza a vida pastoril e é nesse momento que está mais feliz.


4) Sim, ao mostrar que Marília os acha algo que vale a pena ser lido. Elementos do texto: “Lerás em alta voz, a imagem bela; eu vendo que lhe dás o justo apreço”.


5) São expressos a busca por poder. Elementos do texto: “Não verás separar ao hábil negro do pesado esmeril a grossa areia; e já brilharem os granetes de ouro no fundo da bateia.”


6) Não, pois Marília apresenta diversas particularidades que mostram seus interesses e gostos. Elementos do texto: "é feito de um dos alvos dentes, é feito de um dos olhos belos, de umas faces graciosas, de crespos, finos cabelos".


Espero ter ajudado, bons estudos!

respondido por: eulucioaraujo
0

1. Em seu poema, Tomás Antônio Gonzaga faz referência a atividades econômicas exercidas no Brasil Colônia, tais como o garimpo, o desmatamento, as queimadas, a agricultura, a cultura das drogas e a produção de açúcar.

Justificando a resposta com elementos do texto

Ao ler as quatro primeiras estrofes do poema, é possível identificar as atividades econômicas mencionadas anteriormente nas seguintes passagens:

  • "tirarem o cascalho e a rica terra, ou dos cercos dos rios caudalosos, ou da minada serra";
  • "Não verás derrubar os virgens matos, queimar as capoeiras inda novas, servir de adubo à terra a fértil cinza, lançar os grãos nas covas";
  • "Não verás enrolar negros pacotes das secas folhas do cheiroso fumo; nem espremer entre as dentadas rodas da doce cana o sumo".

2. Ao recorrer à repetição da expressão "não verás", o autor do poema pretende reiterar que o eu-lírico vislumbra para a amada uma vida completamente diferente daquela retratada nas suas quatro primeiras estrofes.

A repetição da expressão "não verás" no texto

Ao enunciar com recorrência a expressão "não verás", a voz poética do texto promete à sua interlocutora que, ao dividir sua vida com ele, Marília será poupada do penoso dia a dia dos trabalhadores das fazendas do Brasil colonial.

3. O poema da obra "Marília de Dirceu" é construído sobre a antítese entre o cenário descrito nas quatro primeiras estrofes do texto e aquele descrito nas suas quatro últimas estrofes.

Analisando cada item

  • a) No segundo bloco da poesia, o seu eu-lírico vislumbra para viver com Marília um ambiente acolhedor, hospitaleiro, propício à leitura e ao trabalho intelectual.
  • b) Sim, as atividades mencionadas pelo eu poético no segundo bloco do poema são menos laborais, braçais, penosas e mais intelectuais, leves, agradáveis.
  • c) Não; ao contrário disso, o autor adota um viés pastoril na introdução do poema, mas quebra esse paradigma a partir da sua quinta estrofe, momento em que passa a abordar atividades mais burocráticas.

4. Sim, é possível identificar, na última estrofe do poema, um sutil crédito dado pelo eu poético ao seu próprio trabalho.

Justificando a resposta com elementos do texto

Por "Marília, não lhe invejes a ventura, que tens quem leve à mais remota idade a tua formosura", o eu-lírico pretende dizer que seus poemas de amor para Marília têm potencial para alcançar muitas gerações futuras.

5. No poema de Tomás Antônio Gonzaga, são atribuídas à burguesia virtudes como a humildade, a intelectualidade e o enobrecimento por meio do trabalho.

Justificando a resposta com elementos do texto

A burguesia, que era, também, o público-alvo do poema, identificava-se nos valores expressos nas seguintes passagens do texto:

  • "lendo os fastos da sábia, mestra História, e os cantos da poesia";
  • "gostoso tornarei a ler de novo o cansado processo".

6. Ao contrário do que ocorre na obra Nise, de Cláudio Manuel da Costa, a Marília de Tomás Antônio Gonzaga não é uma figura abstrata.

Justificando a resposta com elementos do texto

Nas seguintes passagens de Marília de Dirceu, o eu-lírico atribui à amada características que lhe conferem certa tangibilidade:

  • é feito de uns alvos dentes, é feito de uns olhos belos, de umas faces graciosas, de crespos, finos cabelos.

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