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É muito comum ouvirmos que a globalização está cada vez mais encurtando a distância existente entre as pessoas, fato decorrente do avanço tecnológico presente nas últimas décadas que conta com a evolução dos meios de transporte e também de comunicação. Atualmente, com o advento de transportes mais rápidos como aviões, trem-bala, jatos supersônicos, é comum pessoas se transportarem de um lugar muito distante a outro sem perdas tão significativas de tempo. Além do mais, os meios de comunicação, como a televisão, a internet, as rádios e também os telefones celulares, permitem que pessoas se comuniquem mesmo estando em cidades diferentes, estados ou países distantes. Tendo em vista a tecnologia dos satélites, hoje em dia já é possível assistir um evento no Brasil em tempo real que se passa no Japão ou na China. É também crescente o número de pessoas que fazem viagens internacionais e que participam de redes sociais em todo o mundo. Diante disso, não soaria estranho dizermos que a globalização e o avanço tecnológico encurta as distâncias.
Embora costumamos ver o mundo dessa forma, mal podemos perceber o quanto as pessoas reduzem o contato real uma das outras. Quando alguém se senta a frente da TV ou do computador acessando a internet e toma bastante tempo nessas tarefas, ela pode ver qualquer coisa presente no mundo inteiro ou mesmo entrar em contato com qualquer pessoa, no entanto não existe nenhum contato físico entre elas, a pessoa não vê um mundo real, tudo que ela vê e mesmo como ela conversa é sempre virtual. Na verdade ela passa a maior parte do tempo sozinha, sem participar efetivamente de uma realidade. Com os meios de transporte em franca evolução se torna comum pessoas se transportarem de um lugar ao outro, no entanto pouco elas percebem e identificam o próprio lugar de convívio. Além do mais, isso facilita misturas de uma cultura na outra até que se tenha uma única, adotada como padrão, na qual tradições e culturas próprias de uma nação ou lugar perca a sua identidade, fato que desmonta a historicidade de um povo juntamente com os hábitos e costumes. Outro detalhe, é que nem todo mundo têm acesso a todo esse avanço tecnológico, o que causa maior distância entre povos, e implica em diversos problemas de ordem social, como a exclusão tecnológica, o aumento da violência, fator que acarreta no aumenta da segurança e assim contribuindo também para o isolamento de pessoas e classes sociais.
Fala-se que no futuro a tendência é que as pessoas trabalhem dentro de suas próprias casas ganhando seus salários. Se isso realmente ocorrer veremos que o ambiente em que pessoas costumam se unir para trabalhar visando um objetivo acabara e o isolamento entre as pessoas tendera a aumentar. Com o avanço da globalização é comum aumentar a virtualização, fato já decorrente da aparição dos cursos a distância, dos hologramas, das conversas em redes sociais, dos celulares, das trocas de e-mail, das instruções de radares e de cirurgias médicas a longas distância. Tudo contribui para que as pessoas não necessitem mais de proximidade, o que contribui por melhorar o isolamento físico entre as pessoas. Antigamente era comum pessoas se reunirem nas beiras das estradas e contarem fatos do dia a dia, ou mesmo sentarem na varanda para conversar, ou se juntarem para assistir a uma exibição, seja teatral, literária ou qualquer outro evento social. Hoje em dia, nas grandes cidades e centros urbanos fazer isso é algo raríssimo, e que no fundo não se vê importância, ora existe todos os meios de comunicação que fazem isso, sem que pessoas se reúnam para dialogar as notícias entre si. Portanto fica a dúvida, será que a globalização encurta mesmo a distância entre as pessoas?