• Matéria: Geografia
  • Autor: tutogamerx
  • Perguntado 7 anos atrás

Qual a mudança do eixo econômico para o centro-sul?

Respostas

respondido por: mariaemillya41
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Centro-Oeste:  O  Novo  Eixo  Econômico  Do  Desenvolvimento  Brasileiro

”  foi  o  

tema de um seminário que ocorreu no dia 5 de ag

osto de 2004 em Goiânia com o propósito de

discutir as possibilidades e os limites do desenv

olvimento dessa região que tem se destacado, do

ponto  de  vista  do  crescimento  econômico,  no  ce

nário  nacional.  Duas  questões,  entre  muitas  

outras, chamaram atenção nesse seminário que reun

iu especialistas em desenvolvimento regional,

técnicos  em  planejamento  e  dirigentes  políticos.  A  

primeira  questão  

é  a  discussão  sobre  o  

desenvolvimento  e  o  protagonismo  do  Estado  

na  condução  de  políticas  regionais.  A  

segunda

questão

,  que  tem  estreita  relação  com  a  primeira,  

é  a  recriação  da  SUDECO  (Superintendência  

de   Desenvolvimento   do   Centro-Oeste),   colocada   como   prioridade   pelo   Secretário   de  

Desenvolvimento do Centro-Oeste, do Ministério da Integração Nacional, Athos Magno.  

Historicamente  a  palavra  região  apareceu  no  vocábulo  das  políticas  governamentais  

relacionadas a dois fenômenos: o primeiro vincula

do ao centralismo administrativo bem expresso

nas  primeiras  regionalizações  do  país  e  o  segund

o  ao  planejamento  regional,  utilizando  a  região  

como uma escala de intervenção, como ocorreu a partir da década de 1960 no Brasil e um pouco

antes   na   Europa.   Nos   dois   casos   o   adjetivo

  político   comparece   associado   à   política  

governamental.   No   primeiro   mais   instru

mental,   tendo   como   um   dos   pressupostos   a  

regionalização  do  país  para  fins  administrativos,

 assim  nascem,  por  exemplo,  as  grandes  regiões  

brasileiras - Norte, Sul, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste. Já o planejamento regional tem relação

com  o  reconhecimento,  por  parte  das  esferas  governamentais,  de  uma  desigualdade  entre  as  

regiões  do  país,  representada  através  de  indica

dores  econômicos  e  sociais,  o  que  legitimou  o  

discurso  da  presença  no  nosso  território  de  regi

ões  “historicamente  deprimidas”,  forjando,  no  

caso  do  Nordeste  brasileiro,  o  que  ficou  conheci

do  como  o  “mito  da  necessidade”.  Em  1959  

surge a SUDENE, idealizada por Celso Furtado e desvirtualizada, nos seus objetivos, durante o

Governo Militar, que também se ocupou em criar a SUDAM em 1966, a SUDESUL em 1969 e a

SUDECO em 1967.  

No  ano  de  2001,  sob  acusação  de  ineficiência  e  corrupção,  SUDENE  e  SUDAM  são  

extintas.  Destino  igual  teve  a  SUDECO  no  início  da  década  de  1990.  O  fato  que  o  ato  de  

extinção não revelou é que, para além da corrupção (o que exigiria respostas fortes por parte do

governo, punindo os responsáveis com rigor, o qu

e não ocorreu), o que estava por trás era uma

nova  forma  de  compreender  o  desenvolvimento  do

 país  e,  por  conseqüência,  uma  nova  agenda  

que tem como princípio a redução da intervenção do Estado acompanhada por toda uma agenda

de  reformas  que  não  cabe  aqui  discutir.  Decr

eta-se,  dessa  forma,  o  fim  de  um  símbolo  da  

preocupação  regional  e  da  intervenção  do  Estado  no  território  brasileiro.  Para  substituir  o  que  

restava  do  planejamento  regional  (independentes  

de  suas  imperfeições)  entram  em  ação  os  

chamados  “

Eixos  De  Integração  E  Desenvolvimento

”.  Assim,  foram  estabelecidos  12  

“Eixos”, propondo uma nova regionalização do país, que responderam, grosso modo, aos vetores

de   exportação   e   investimentos   de   infra-estrutura   econômica,   primando   pela   integração  

competitiva  e  articulando  os  corredores  de  ex

portação  com  mercado  internacional.  O  exemplo  

notório dessa visão foi o estabelecimento do virtual “

Eixo Araguaia-Tocantins

”, que partiu do

diagnóstico que o maior peso da economia do Ce

ntro-Oeste estaria articulado no sentido Norte-

Sul  e  não  Leste-Oeste,  como  é  a  realidade.  Na  verdade,  ao  desconsiderar  o  vetor  agro-urbano  

industrial   Leste-Oeste   (Cuiab

á-Goiânia-Anápolis-Brasília),   a   proposta   desvia   o   olhar   dos  

problemas  sociais  nessa  região.  Tanto  o  “Brasil  

em  Ação”  quanto  o  “Avança  Brasil”,  ambos  de  

FHC,  primaram  por  essa  orientação  e  a  região  deixou  por  algum  tempo  o  mapa  político  

brasileiro.  

Com  a  Vitória  de  Luis  Inácio  Lula  da  Silv

a,  teoricamente,  outra  orientação  de  política  

regional  é  construída,  deixando  de  lado  os  “

Eixos  De  Integração  e  Desenvolvimento

”.

Resgatando  compromissos  de  campanha,  o  Governo  Lula  propõe  a  refundação,  em  bases  

distintas,  tanto  da  SUDENE  quanto  da  SUDAM.  A  primeira  tem  como  justificativa  o  grande  

fosso  que  separa  o  nordeste,  na  relação  PIB/po

pulação  do  resto  do  país,  somando-se  a  dívida  

histórica que o país tem com a população dessa região. Com a SUDAM o motivo é também de

ordem  geopolítica,  dado  sua  importância  ecológic

a,  além  do  fato  de  constituir-se  numa  imensa  

fronteira seca, onde a presença do Estado é imprescindível.  






































































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