Respostas
O termo “sociedade civil” possui uma longa e complexa trajetória na história do
pensamento político. Ele perpassa autores gregos (Aristóteles), modernos (Hobbes, Locke,
Rousseau) e vários autores contemporâneos (Keane, Cohen & Arato, Habermas). Para os
propósitos, deste artigo, entretanto, não se faz necessário refazer a “genealogia” do conceito2
.
Basta, por ora, apontar para o fato de que podemos localizar nesta tradição duas grandes
tradições que fazem uso do conceito de sociedade civil: a tradição dualista e a tradição
triádica
O conceito de capital social, embora não seja tão antigo, já possui uma notável trajetória
no campo das ciências sociais, sendo também usado como instrumento de avaliação da
capacidade e qualidade governamental. Entre os teóricos de destaque podemos citar Putnam (2002a e 2002b) que explicaremos em maior detalhe por ser o autor que mais tem tido
influência nos trabalhos efetuados no Brasil. Todavia, entre os outros autores que
inauguraram essa perspectiva teórica não podemos deixar de mencionar Bourdieu,
direcionando sua pesquisa para a questão do poder e suas desigualdades em diferentes
campos; Coleman (1994) que trabalha com o conceito de capital social dizendo que ele é
importante para o desenvolvimento econômico, físico e humano e, que o conceito tem
condições de alcançar recursos para o bem estar coletivo, e ainda Fukuyama, que desenvolve
esse conceito numa perspectiva social, onde o termo “capital social” se caracteriza pela
confiança e cooperação numa sociedade por partes dessa sociedade