• Matéria: História
  • Autor: christianelizeu
  • Perguntado 7 anos atrás

Leia o texto abaixo para responder a questão:

“(...) ninguém nega que exista racismo no Brasil, mas sua prática é sempre atribuída a ‘outro’. Seja da parte que age de maneira preconceituosa, seja daquela de quem sofre com o preconceito, o difícil é admitir a discriminação e não o ato de discriminar. Além disso, o problema parece ser o de afirmar oficialmente o preconceito e não o de reconhecê-lo na intimidade. Tudo isso indica que estamos diante de um tipo particular de racismo, um racismo silencioso e sem cara que se esconde por trás de uma suposta garantia da universalidade e da igualdade das leis e que lança para o terreno privado o jogo da discriminação. Com efeito, em uma sociedade marcada historicamente pela desigualdade, pelo paternalismo das relações e pelo clientelismo, o racismo só se afirma na intimidade. E da ordem do privado, pois não se regula pela lei, não se afirma publicamente. No entanto, depende da esfera pública para sua explicitação, numa complicada demonstração de etiqueta que mistura raça com educação e com posição social e econômica. ‘Preto rico no Brasil é branco, assim como branco pobre é preto’, diz o dito popular. Não se ‘preconceitua’ um vereador negro, a menos que não se saiba que é um vereador; só se discrimina um estrangeiro igualmente negro enquanto sua condição estiver pouco especificada.” (SCHWARCZ, 1998, p.181).

Baseado no texto acima, podemos concluir que no Brasil:

A) o preconceito racial no Brasil faz parte da sua história, do seu passado escravista a uma abolição que pouco modificou a situação dos negros da época, que se reflete até hoje na permanência dos negros nas funções subalternas.

B) apresenta um mito a partir da observação de que no Brasil nunca existiu um preconceito racial, pois era visto como a crença em que há diferença entre as raças, inclusive, a supremacia da raça branca sobre a negra, a difusão desse pensamento só contribui para a perpetuação do racismo velado.

C) a abolição significou real libertação dos negros, tendo em vista que, para sobreviverem, ainda tinham que estar submissos.

D) foi amplamente difundida a ideia da “democracia racial”, ou seja, a mestiçagem, o pensamento de que no Brasil existem raças, de que somos um povo “queimado de sol”.

Respostas

respondido por: aced0
6

A resposta correta é a B), já que o texto evidencia, justamente, o mito de democracia racial no país, ou seja, de que indivíduos, independente de cor de pele, são tratados e julgados de maneiras iguais, já que isso é assegurado por leis (mesmo sendo historicamente  tratados de formas distintas), quando, na realidade, interpretações individuais e jurídicas mostram o contrário (seja no mercado de trabalho, no campo econômico-social, etc). Essa contradição entre o que deveria ser juridicamente garantido, mas que na prática não é, por diversos fatores, é uma das causas do rascismo velado tratado no texto.

respondido por: flimas
7

B) apresenta um mito a partir da observação de que no Brasil nunca existiu um preconceito racial, pois era visto como a crença em que há diferença entre as raças, inclusive, a supremacia da raça branca sobre a negra, a difusão desse pensamento só contribui para a perpetuação do racismo velado.


Podemos tirar tal conclusão do dito "que preto rico é branco, e branco pobre é preto"

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