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Olá, tudo bem?
Gosto de utilizar neste caso o exemplo da aranha e do tecelão...imagine uma aranha, a qual constrói teias muito belas e complexas. Agora imagine um tecelão, o pior de todos os tecelões, suas obras ficam péssimas. Ainda assim, o trabalho do tecelão é superior ao trabalho da aranha, porque ele tem a liberdade de utilizar outras técnicas, tecidos variados, etc. A aranha não. A aranha está destinada a fazer as suas teias somente daquela forma, porque ela não é livre. A liberdade do ser humano, na minha percepção, provém de um desejo de potência e de transcendência em relação à tragédia da existência, provém da noção de insignificância que o homem possui em relação ao infinito. Isso desperta nele a potência, a vontade de ultrapassar os limites existenciais da sua finitude, a vontade de intensidade e de expansão. A aranha não é capaz de criar esta noção trágica sobre a insignificância.
A liberdade do ser humano concede a ele a capacidade de construir e desconstruir a sua realidade, concede a ele a capacidade de movimentar o mundo, de transformá-lo. Ele, pela liberdade, torna-se um ser de construções e de desejos, um ser que deseja expandir a sua existência, nem que seja pela transcendência.
Abraços.