Aponte as principais diferenças entre os candidatos Lula e Fernando collor durante a campanha presidencial de 1989
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Abaixo estão selecionadas as mais importantes entrevistas e reportagens daqueles meses intensos, que culminaram com uma disputa que marcou e marcará o Brasil por décadas ainda: a batalha entre Lula e Collor no 2º turno. Em cada uma delas é possível mais do que relembrar aqueles dias.
1º turno
Fernando Collor de Mello: O azarão diz a que veio
Nesta entrevista publicada em abril de 1989, quando a corrida eleitoral ao Palácio do Planalto ainda estava morna, com diversos partidos ainda decidindo quem seriam seus candidatos, Fernando Collor já esbanjava confiança. Apesar de liderar as pesquisas de opinião naquele momento, ainda não havia cristalizado o arco de alianças políticas, econômicas e sociais que possibilitariam sua eleição. Ainda assim, afirmava, categórico, que seria o próximo presidente da República
Lula – “Com Quércia, o PMDB cresce”
Em abril de 1989 Lula estava muito mais próximo do líder sindicalista que parou o ABC paulista no fim dos anos 70 do que do presidente da República popular que se tornaria pouco mais de uma década depois. Na entrevista publicada no dia 12 de abril de 89, o presidente do PT se mostra um candidato ainda atrelado a conceitos ideológicos estanques, apesar de reforçar a todo momento que, eleito, não pretende se tornar uma espécie de ditador socialista à brasileira. Neste momento, quase sete meses antes das eleições, Lula parece não enxergar a força de Collor, ou ao menos procura não transparecer preocupação com a figura salvadora criada em torno do ex-governador de Alagoas, que meses antes recebera o título de "O Caçador de Marajás".
2º turno
Lula – Espantando os demônios
Lula concedeu entrevista à Istoé na semana seguinte às eleições presidenciais no 1º turno. Era final de novembro e naquele momento as negociações partidárias para conquistar apoios para o 2º turno estavam frenéticas. Lá, como cá, o PMDB tinha imensa importância não só na busca pelos votos, como também na composição da bancada parlamentar que garantiria a governabilidade do presidente da República. Após um primeiro turno sangrento, em que foi vítima de uma série de acusações que se mostrariam falaciosas pouco mais de uma década depois, Lula buscava nessa entrevista desmistificar a figura de comunista revolucionário criada por seus adversários.
Fernando Collor de Mello: Dispensando alianças
Depois de um primeiro turno em que superou a descrença e a gozação dos adversários, que o viam como um político de segundo escalão saído de um Estado de menor expressão (Alagoas), Fernando Collor chega ao segundo turno com força renovada. Nesta entrevista, publicada em novembro de 1989, o candidato do PRN ataca Lula, do PT, e diz que não abriria mão de nenhum ponto de seu programa de governo em troca de alianças que poderiam ajudá-lo a alcançar os 51% de votos válidos.
Fonte: <https://istoe.com.br/385733_1989+UMA+ELEICAO+HISTORICA/>