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A primeira colônia alemã foi São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, fundada em 1824 e logo seguida por São Pedro de Alcântara, em Santa Catarina (1828) e Rio Negro, no Paraná, em 1829. Apesar da omissão do Governo Imperial, que cumpriu poucas das promessas feitas aos imigrantes, os alemães arrancaram seu sustento das terras geralmente pouco férteis a eles destinadas, uniram-se em grupos fechados para preservar a cultura e as tradições de seu país de origem, e introduziram na região culturas agrícolas até então desconhecidas. As vilas por eles fundadas transformaram-se em algumas das cidades mais progressistas do Sul do Brasil.
Joinville e Blumenau, em Santa Catarina, são exemplos deste sucesso. Fundadas respectivamente em 1850 e 1851, passaram de pequenas colônias agrícolas a importantes pólos econômicos, e ao preservar suas características germânicas – na arquitetura, na culinária, na tradição festeira – viraram também requisitados destinos turísticos. Com 500 mil habitantes, Joinville é hoje a maior cidade de Santa Catarina e importante centro industrial, referencial de uma região que engloba cidades como Jaraguá do Sul, Rio Negrinho, São Vento do Sul, Corupá e Campo Alegre. Já Blumenau é a rainha do Vale do Itajaí, sede da Oktoberfest – o principal evento popular do país depois do carnaval – e grande exportador de têxteis. Maior centro financeiro de Santa Catarina, é também o principal pólo turístico de uma região conhecida como Vale Europeu, formada por cidades de forte influência germânica, como Gaspar, Brusque e Pomerode.