• Matéria: Sociologia
  • Autor: amizadeailan
  • Perguntado 7 anos atrás

texto crítico sobre o filme candidato honesto
25 linhas

Respostas

respondido por: bbiassilva
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Se você achou graça, pode parar por aqui e correr para o cinema. Se não, vejamos: as piadas de O Candidato Honesto refletem um total descrédito da população com os políticos brasileiros. É jogar para a plateia, reforçando preconceitos. O caminho é fácil; o resultado, previsível. E abusa-se do humor físico, com trapalhadas, mamilo e peido. É um Zorra Total com palavrão. A trama previsível, a personagem de Luiza Valdetaro é inacreditavelmente absurda. A jovem atriz dá vida a Amanda, uma jornalista que trabalha em uma redação inverossímil (um misto de jornal impresso de cunho político com programa de TV de celebridade – até aí, vai um desconto, ninguém tem a obrigação de conhecer, nem razoavelmente, as diferentes estruturas de um veículo noticioso) que, inexplicavelmente (e aqui está o maior problema) acredita na boa intenção de João Ernesto. O ponto positivo são as referências a personalidades conhecidas, salpicas ao longo do filme. É quase divertido imaginar quem poderia ser a aspirante a primeira dama de gengivas saltitantes. E qual estilista teria assinado o terninho colorido declaradamente cafona (João Ernesto não mente) que ela escolhe para usar em um programa de auditório? Há um deputado corrupto de cabelo engomado que evoca o nome de Deus na hora de negociar um apoio político (algum palpite?)No fim, o filme tenta justificar o(s) próprio(s) meio(s) usados, a partir da reabilitação moral do protagonista. O discurso político é raso, mas a mensagem, significativa. Resta saber se, depois de quase duas horas de reforço do senso comum de que todo político é corrupto, ainda é possível acreditar na honestidade de um candidato fora da sala de cinema.

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