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Entre os peixes ósseos (Osteichthyes), encontra-se uma linhagem ancestral que chama atenção: os peixes pulmonados. Estes animais são caracterizados pela presença de um ou dois pulmões primitivos em sua estrutura corporal, os quais podem ser responsáveis por sua respiração total ou parcial (complementam a respiração branquial).
Origem e classificação dos peixes pulmonados
Os peixes pulmonados despontaram no Período Devoniano, há 400 milhões de anos. Estes animais apresentam endoesqueleto ósseo e nadadeiras lobadas, e estão inseridos na Classe Sarcopterygii (peixes com nadadeiras carnosas), Subclasse Porolepimorpha ou Dipnoi. Conhecidos vulgarmente como dipnoicos, os peixes pulmonados ainda se subdividem em duas ordens: Ceratodontiformes, composta por espécies que apresentam apenas um pulmão, e Lepidosireniformes, que engloba os peixes com dois sacos pulmonares. Abundantes até o fim do Triássico, há 200 milhões de anos, atualmente, são reconhecidas apenas três famílias e seis espécies de peixes pulmonados. Estes animais são característicos de ambientes dulcícolas, habitando lagos e rios, e estão restritos à África, América do Sul e Austrália. Os peixes pulmonados australianos apresentam fisionomia semelhante às formas fósseis, apresentando corpo compacto com grandes escamas sobrepostas, além de grandes nadadeiras peitorais e pélvicas; por outro lado, os peixes africanos e sul-americanos apresentam dois pulmões, ao passo que nos exemplares australianos, o saco pulmonar esquerdo encontra-se atrofiado.