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Lógica na Idade Média
Traduzidos para o latim por Boécio, alguns tratados da obra de Aristóteles passaram a ser usados, na Idade Média, no ensino da lógica, incluída nas disciplinas dos cursos de direito e teologia. A esterilidade criativa que predominou durante cerca de cinco séculos só foi interrompida no século XII com a dialética de Abelardo, teólogo eminente e controvertido, autor de Sic et non (Sim e não).
Durante o século XII, traduções complementares do Órganon de Aristóteles acrescentaram tópicos desconhecidos da "velha lógica" que foram agrupados sob o nome geral de "nova lógica". No século XIII, houve uma cisão entre os lógicos: alguns aderiram à ortodoxia aristotélica, enquanto outros adotaram uma visão mais liberal e, nas escolas de artes e nas recém-criadas universidades, propuseram a lógica moderna.
Guilherme de Sherwood e seu discípulo Pedro Hispano (posteriormente papa João XXI), autor do livro sobre lógica mais utilizado nos 300 anos que se seguiram, foram os principais representantes dessa nova tendência. Entre os lógicos do século XIV, deve-se pelo menos mencionar Guilherme de Occam, além de Jean Buridan e seu aluno Alberto da Saxônia. No século seguinte, Paulo Vêneto, teólogo agostiniano, produziu uma extensa obra intitulada Logica magna, usada como livro didático durante os séculos XV e XVI.
No mundo grego, a tradição de parafrasear e comentar os tratados lógicos de Aristóteles teve continuidade nas obras de João Filopono e Estêvão de Alexandria, neoplatonista do século VII, entre outros. Nos séculos XI e XIII, foram produzidos vários compêndios de lógica.
Os árabes também cultivaram a lógica e, no início do século IX, já contavam com traduções de alguns tratados do Órganon de Aristóteles. Entretanto, a produção dos representantes da escola de Bagdá, surgida no século seguinte, quase toda perdida, foi criticada pelo filósofo Avicena, que a considerava exageradamente servil à doutrina de Aristóteles. Avicena defendeu uma linha mais independente e expressou seu conceito de lógica no livro Kitab al-shifa (O livro da cura).
O valor da contribuição árabe ao desenvolvimento da lógica não é muito grande, exceto pelo fato de ter mantido vivo o interesse na lógica aristotélica numa época em que, no Ocidente, era pouco divulgada. No mundo medieval, em que houve a lógica bizantina, a árabe e a escolástica, a vertente escolástica parece ter trazido as maiores contribuições.
No segundo sentido, a lógica é discutida principalmente nas disciplinas de filosofia, matemática e ciência da computação. Ambos os sentidos se baseando no foco comum referente a harmonia de raciocínio, a proporcionalidade formal entre argumentos, assim sendo, a correta e equilibrada relação entre todos os termos, a total concordância entre cada um deles dentro de um desenvolvimento A lógica examina de forma genérica as formas que a argumentação pode tomar, quais dessas formas são válidas e quais são falaciosas. Em filosofia, o estudo da lógica aplica-se na maioria dos seus principais ramos: metafísica, ontologia, epistemologia e ética. Na matemática, estudam-se as formas válidas de inferência de uma linguagem formal.[4] Na ciência da computação, a lógica é uma ferramenta indispensável. Por fim, a lógica também é estudada na teoria da argumentação. A lógica foi estudada em várias civilizações da Antiguidade. Na Índia, a recursão silogística, Nyaya remonta a 1900 anos atrás. Na China, o Moísmo e a Escola dos Nomes datam de 2200 anos atrás. Na Grécia Antiga a lógica foi estabelecida como disciplina por Aristóteles, com a sua obra Organon. Ele dividiu a lógica em formal e material. O estudo da lógica era parte do Trivium clássico, juntamente com a gramática e a retórica (ver: Artes liberais).
A lógica é frequentemente dividida em três partes: o raciocínio indutivo, o raciocínio abdutivo e o raciocínio dedutivo.
espero ter ajudado;-}