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Sem dúvida uma das "conquistas do povo", a criação do tribunado da plebe é um dos episódios mais conhecidos da história romana, tendo-se tornado lendária. Esta magistratura nasce da necessidade da plebe de se fazer representar politicamente e conseguir assim proteção e poder político, que era detido pela ordem social dominante dos patrícios, um conjunto de famílias descendentes dos primeiros habitantes da cidade: as decisões concernentes à cidade provinham de uma assembleia composta por estes patrícios, o Senado de Roma, e a dois cônsules, eleitos anualmente.
O período entre 494 e 495 a.C. é marcado pela revolta popular, mas a cidade, em vez de mergulhar no caos da guerra civil, é abandonada pela plebe, que se instala numa colina fora dos limites de Roma e ameaça fundar uma nova cidade. Preocupados, os patrícios enviam um emissário para negociar o regresso dos plebeus, pois sem eles a cidade não podia existir. Fica então acordada a criação da nova magistratura. O tribuno da plebe teria o poder de vetar decisões do Senado e seria considerado "sacrossanto", ou seja, inviolável, sendo quequalquer ato de violência contra o tribuno tinha como punição a morte; a sua obrigação principal era zelar e respeitar as decisões populares, dando-lhes voz.
Os conflitos de ordens iniciados no final do século V prolongaram-se até 287 a.C., tendo a plebe conquistado os mesmos direitos, por lei, que os patrícios, e conseguindo, por exemplo o acesso ao Senado e às magistraturas mais importantes como o consulado.
O papel do tribunado foi preponderante; contudo, ele não serviu para resolver diferenças sociais e pouco contribuiu para a diluição do poder da ordem dominante. Ao passo que inicialmente apenas plebeus poderiam exercer o cargo, eventualmente permitiu-se que também patrícios pudessem deter esta magistratura, que rapidamente se transforma num porta de entrada na política por parte de jovens ambiciosos, ou numa bóia de salvamento de pessoas influentes falidas, que faziam uso do populismo para obter votos.
O período entre 494 e 495 a.C. é marcado pela revolta popular, mas a cidade, em vez de mergulhar no caos da guerra civil, é abandonada pela plebe, que se instala numa colina fora dos limites de Roma e ameaça fundar uma nova cidade. Preocupados, os patrícios enviam um emissário para negociar o regresso dos plebeus, pois sem eles a cidade não podia existir. Fica então acordada a criação da nova magistratura. O tribuno da plebe teria o poder de vetar decisões do Senado e seria considerado "sacrossanto", ou seja, inviolável, sendo quequalquer ato de violência contra o tribuno tinha como punição a morte; a sua obrigação principal era zelar e respeitar as decisões populares, dando-lhes voz.
Os conflitos de ordens iniciados no final do século V prolongaram-se até 287 a.C., tendo a plebe conquistado os mesmos direitos, por lei, que os patrícios, e conseguindo, por exemplo o acesso ao Senado e às magistraturas mais importantes como o consulado.
O papel do tribunado foi preponderante; contudo, ele não serviu para resolver diferenças sociais e pouco contribuiu para a diluição do poder da ordem dominante. Ao passo que inicialmente apenas plebeus poderiam exercer o cargo, eventualmente permitiu-se que também patrícios pudessem deter esta magistratura, que rapidamente se transforma num porta de entrada na política por parte de jovens ambiciosos, ou numa bóia de salvamento de pessoas influentes falidas, que faziam uso do populismo para obter votos.
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