Respostas
termoregulação:manutenção da temperatura interna ideal pelo próprio organismo.
Quando falamos em animais ectotérmicos, estamos falando de seres que necessitam de fontes externas para conseguir manter sua temperatura. Isso quer dizer que eles precisam ficar expostos ao sol ou ficarem em algum local aquecido, como rochas.
Um grupo de animais que apresenta essa característica é o dos répteis. Eles não são capazes de manter sua temperatura e, portanto, são encontrados frequentemente tomando banho de sol. É importante destacar que, às vezes, expor-se ao sol pode aumentar demasiadamente a temperatura corpórea, por isso, esses animais, quando iniciam um grande aquecimento, procuram formas de se refrescar, como ao se banhar em um rio ou se escondendo na sombra de uma árvore.
Ao falarmos de animais endotérmicos, estamos falando daqueles que conseguem manter sua temperatura constante sem a necessidade de fatores externos, utilizando apenas seu metabolismo para produzir calor. Para produzir o calor necessário para manter sua temperatura, os animais endotérmicos retiram do alimento a energia necessária.
Para que um animal seja endotérmico é necessário, portanto, que ele apresente alta taxa metabólica. Além disso, é fundamental que eles possuam alguma forma de impedir a perda de calor, ou seja, possuam um bom isolante térmico. Aves e mamíferos, por exemplo, possuem pelos e penas como forma de evitar a perda de calor.
Em relação à ectotermia, a endotermia apresenta como vantagem a capacidade de colonização de ambientes frios. Em contrapartida, os animais ectotérmicos podem colonizar habitats que apresentam pouco recurso energético.
A temperatura corporal normal em seres humanos, também denominada normotermia ou eutermia, depende de alguns pontos como o local do corpo, a hora do dia e o nível de atividade corporal.
A temperatura central praticamente não altera, permanecendo quase sempre constante, variando mais ou menos 0,6° C, mesmo quando o organismo está exposto a grandes variações de frio ou calor, devido ao aparelho termorregulador.
A temperatura corporal segue um ritmo circadiano, apresentando o seu pico mais elevado durante o anoitecer, entre as 18 e 22 horas, e sua maior baixa no começo da manhã, entre 2 e 4 horas.
Em determinadas circunstâncias, os valores térmicos sobem, como durante as refeições, prática de exercícios intensos, gravidez ou ovulação.
A temperatura corporal é mantida por meio do equilíbrio entre a produção de calor, gerada pela combustão alimentar, fígado e músculos, e a perda calórica.
O calor produzido no interior do corpo alcança a superfície corporal por meio de vasos sanguíneos que originam o plexo vascular subcutâneo; todavia, pouco calor se dissipa para a superfície, devido ao efeito isolante proporcionado pela presença do tecido adiposo.
Para a pele, o fluxo sanguíneo constitui até 30% do débito cardíaco total. A condução de calor para a pele é comandada pelo nível de constrição das arteríolas e das anastomoses arteriovenosas, controlada pelo sistema nervoso simpático, e quando alcança à superfície, o calor é transmitido do sangue para o exterior, em proporções decrescentes, por meio de irradiação, evaporação, convecção e condução, respectivamente.
Os estímulos que alcançam os receptores periféricos são levados ao hipotálamo posterior, local onde são integrados com os sinais dos receptores pré-ópticos para calor, resultando em impulsos eferentes objetivando produzir ou manter o calor, o que acarreta uma vasoconstrição dos vasos da pele, piloereção, síntese de hormônios e tremores musculares; ou perder calor, por meio de estimulação de glândulas sudoríparas e vasodilatação dos vasos cutâneos.
Ainda existem discordâncias sobre o local ideal para mensurar a temperatura corporal. Pode ser axilar, bucal, timpânico, esofágico, nasofaringeano, vesical e retal. Os locais habitualmente mensurados são:
Axilar: temperatura normal encontra-se entre 35,5 a 37,0° C, com média de 36,0 a 36,5° C.
Bucal: temperatura normal encontra-se entre 36,0 a 37,4° C.
Retal: temperatura normal encontra-se entre 36,0 a 37,5°.
Em uma situação normal, os sensores térmicos observam variações da temperatura do corpo central e cutânea, transmitindo ao centro integrado. Este, por sua vez, gera respostas que têm por objetivo conservar ou dissipar calor. Alguma ruptura nesse equilíbrio fisiológico, ou danos estruturais a qualquer um desses níveis podem levar à perda da capacidade de regulação térmica, como ocorre na febre, hipertermia e hipotermia.