• Matéria: Saúde
  • Autor: brunnodantasteow8mjw
  • Perguntado 7 anos atrás

Bem, sou acadêmico em enfermagem e tenho que apresentar um seminário sobre câncer de próstata.
Vi que em alguns sites como minha saúde, eles comentavam que é possivel detectar algumas patologias no útero e na vagina atravéz do toque retal. Quais patologias seriam essas?

Respostas

respondido por: baenini
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1.    Vulvovaginite

É uma alteração inflamatória ou infecciosa da vulva, vagina e colo do útero, podendo ser causada por infecção de bactérias, protozoários e fungos ou por alteração da própria flora bacteriana. O problema acomete, principalmente, mulheres na idade reprodutiva e é causado normalmente pela proliferação desses germes, associada à baixa de imunidade. Os principais sintomas são:

corrimentos líquidos ou grumosos;odor fétido;prurido (coceira na vagina);hiperemia (vermelhidão);irritação;dor durante a relação sexual;ocasionalmente, presença de lesões externas e internas como bolhas, úlceras e verrugas.

“Em alguns casos o contágio se dá através da relação sexual. Contudo, em outras situações, podem ser transmitidas por fômites (objetos contaminados) ou são oriundas de queda nos mecanismos de defesa da mulher, as chamadas infecções oportunistas”, aponta Ana Helena Sampaio Mattos, ginecologista e obstetra.

No caso de infecção por baixa defesa imunológica, a vulvovaginite não é contagiosa. Para o tratamento dessa doença ginecológica podem ser utilizados antibióticos, antifúngicos, corticoides, uso de estrogênio, higiene local, banho de assento e uso de roupas adequadas.

Huntington, em São Paulo. 

2.    Síndrome do ovários policístico (SOP)

Atinge cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva e é considerada a causa mais frequente de infertilidade em mulheres com anovulação crônica, ou seja, que não ovulam adequadamente.

“Trata-se de um distúrbio hormonal que provoca alteração dos níveis de hormônios masculinos (androgênios) no corpo da mulher. Essa alteração, em geral começa na adolescência e causa irregularidade na menstruação, alterações na pele e pode levar à formação de microcistos nos ovários., esclarece Gustavo Maciel, ginecologista do Fleury Medicina e Saúde, em São Paulo. 

O distúrbio geralmente se inicia na puberdade ou adolescência, quando os ovários apresentam grandes quantidades de folículos iniciais. Além da anovulação, a SOP também pode gerar o aumento dos hormônios masculinos nas mulheres (com o aparecimento de acne, aumento da oleosidade da pele e cabelo, nascimento de pelos e, por vezes, o ganho de peso). 

“Seu diagnóstico é feito por exame físico para detectar as alterações visíveis e exames laboratoriais e de imagem, como um ultrassom pélvico”, afirma Livia Daia, ginecologista obstetra da clínica Daia Venturieri, em São Paulo. A síndrome também tem relação com o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, resistência à insulina e obesidade.




3.    Endometriose

Frequente na idade reprodutiva, é conhecida como a “doença da mulher moderna”, por conta do adiamento da maternidade ou pela opção de não engravidar. A endometriose é uma doença ginecológica caracterizada pela presença do tecido do endométrio, camada que reveste o interior do útero, fora de seu local habitual. 

“Esse tecido é sensível às alterações do ciclo menstrual e, por isso, cada vez que a mulher menstrua, ocorre um sangramento em local indevido. As alças intestinais e os órgãos da pelve acabam bloqueando esse sangramento. O processo provoca dor pélvica e afeta mais comumente o tecido que reveste a cavidade abdominal (peritônio), os ovários, as tubas uterinas e pode causar infertilidade”, afirma a Dra. Flávia.

Algumas mulheres podem não apresentar os sintomas dessa doença ginecológica. Mas, geralmente, os sinais costumam ser:

cólica menstrual;dor pélvica crônica;dor na relação sexual;sangramento ou dor ao urinar;constipação intestinal.

O diagnóstico feito pelo médico leva em consideração os sintomas listados anteriormente. Mas, além disso, são realizados exames de imagem como o ultrassom, a ressonância magnética e marcadores tumorais (exame de sangue). Porém, o diagnóstico definitivo só é possível por biopsia. 




4.    Mioma uterino

É um tumor benigno localizado no útero e que acomete, geralmente, mulheres de 30 a 50 anos de idade. De origem genética, o mioma uterino pode apresentar crescimento excessivo e, considerando a localização dele dentro do útero, pode causar hemorragias com coágulos, cólicas intensas, aumento do útero, dor na relação sexual e infertilidade.

Por mais que até 75% das mulheres não apresentam nenhum sintoma, os mais comuns são: 

sangramento intenso durante a menstruação;cólicas;urgência de urinar;dor abaixo do umbigo ou sensação de pressão na região;dor durante a relação sexual.



5.    Doença inflamatória pélvica

De todas as doenças ginecológicas citadas, essa é a mais rara (mas não menos preocupante), atingindo 3% das mulheres, sendo a maioria jovem e sexualmente ativa. O distúrbio é causado por alguns tipos de bactérias ou uma infecção por múltiplas bactérias.

"Ocorre mais frequentemente em mulheres com vários parceiros, que fazem sexo sem preservativo, que usam de duchas vaginais ou quando há manipulação, como em biópsias de endométrio ou inserção de DIU”, explica Flávia Torelli. 

E quanto aos sintomas, são eles: 

febre;dor intensa no baixo ventre;corrimento com odor fétido.

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