Respostas
O gênero Culex engloba mais de 300 espécies, sendo que a maioria habita as regiões tropicais e subtropicais do mundo. No Brasil, é conhecido popularmente como “pernilongo” ou “muriçoca”.
Biologia do parasito
A ovipostura é realizada em recipientes que contenham água limpa ou poluída, dentro ou fora das casas. Os ovos são depositados sobre a água de maneira aglutinada, de modo a formar uma minúscula jangada. De dois a quatro dias após a ovipostura, há a eclosão. A larva apresenta sifão respiratório e se mantém oblíqua à superfície da água. O desenvolvimento larval pode durar de dez a 20 dias. Após esse período surge a pupa, que dentro de um a três dias dá origem ao inseto adulto. O Culex é um mosquito pequeno que tem cor de palha. Suas asas não têm manchas e o seu dorso é pardo-escuro com escamas amarelas. As fêmeas são hematófagas e há muitas espécies antropofílicas. Elas permanecem em repouso durante o dia e começam sua atividade ao crepúsculo. Durante o pouso, o inseto mantém o corpo paralelo à superfície, e a cabeça em ângulo reto. Apresenta várias espécies que buscam casas como local de abrigo habitual, como o Culex quinquefasciatus. Ele possui grande capacidade de vôo, podendo percorrer vários quilômetros de distância.
Importância e prevenção
Durante a hematofagia o inseto causa desconforto, insônia e até irritabilidade, principalmente quando o número de insetos é grande. A picada também pode provocar reações alérgicas oriundas de proteínas e peptídeos presentes na saliva do inseto. Os mosquitos deste gênero podem inocular agentes de importantes doenças infecto-parasitárias como Wuchereria bancrofi, que causa a filaríase linfática, também conhecida como elefantíase. Também estão envolvidas na transmissão de arboviroses como as encefalites virais e a Febre do Oeste do Nilo. Logo, a prevenção ou a eliminação dessa doença está relacionada ao controle do vetor e ao tratamento dos doentes. Assim, é necessário controlar o mosquito com o uso de telas nas portas e janelas, mosquiteiros, inseticidas e repelentes. Qualquer dessas medidas de controle deve ser realizada criteriosamente, para evitar intoxicação humana pelos inseticidas. Outras medidas importantes e de impacto coletivo são o saneamento urbano e a drenagem de banhados. Essas medidas contribuem diretamente no controle do inseto e nas doenças vetoria das pelos mesmos em áreas de maior concentração humana.