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terceira fonte de energia mais utilizada no Brasil, a geração de energia com biomassa, vem ganhando cada vez mais espaço na matriz energética brasileira.
Responsável por pouco mais de 9% da eletricidade consumida no país, a energia de biomassa é aquela obtida pela queima de materiais orgânicos. Entre as fontes de biomassa mais usadas estão, o bagaço da cana-de-açúcar (que representa 78%), casca de arroz, cavaco de madeira e capim elefante, por exemplo. Também é possível utilizar os gases resultantes da decomposição ou incineração de lixo em usinas especializadas.
A utilização da energia da biomassa é de fundamental importância no desenvolvimento de novas alternativas energéticas. Sua matéria-prima já é empregada na fabricação de vários biocombustíveis, como o bio-óleo, BTL, biodiesel, biogás, etc.
Em comparação com os combustíveis fósseis (derivados de petróleo), esses resíduos geram menos emissões de gases causadores do efeito estufa. A combustão de materiais orgânicos devolve à natureza apenas o carbono que a planta usou para crescer, o que não gera prejuízos ambientais. Assim, o balanço de emissões de CO2 é reduzido, podendo chegar a ser nulo.
A produção de energia a partir da biomassa tem como vantagens: ser renovável, permitir o reaproveitamento de resíduos e por ser menos poluente que outras formas de energia, como aquela obtida de combustíveis fósseis.
Entretanto, o seu uso sem o devido planejamento pode ocasionar a formação de grandes áreas desmatadas pelo corte não controlado de árvores; destruição de habitats; perda dos nutrientes do solo; erosões e emissão excessiva de gases; seu poder colorífico é menor comparado a outros combustíveis (isto é, são menos eficientes energeticamente) e; dificuldades no transporte e no armazenamento de biomassa sólida.
Como entraves para a ampliação da participação na matriz energética estão a falta estímulos e planejamento de longo prazo, capazes de incentivar investimentos no setor sucroenergético e bioeletrecidade; inciativas capazes de fomentar a renovação e modernização das instalações de cogeração, o que geraria potencial adicional para produção e ausência de regras claras para o setor.
Tipos de Energia de Biomassa
A biomassa pode ser classificada segundo sua origem: florestal, onde a principal fonte de energia é a lenha; agrícola, com as produções de soja, arroz, cana-de-açúcar, milho e outros; e resíduos urbanos e industriais, que podem ser sólidos ou líquidos, encontrados nos aterros sanitários;
Cada matéria-prima para obtenção de energia de biomassa possui características próprias, variando a quantidade energética e as formas de extração desta energia. Da cana-de-açúcar, por exemplo, é possível extrair o açúcar, o combustível renovável denominado etanol, e ainda dos bagaços da cana já processada é realizada a queima que gera energia elétrica.
Biodiesel
Biodiesel é um combustível derivado de fontes renováveis. Ele pode ser obtido de gorduras animais e elaborado a partir de várias espécies vegetais, como soja, mamona, dendê e girassol. Seu processo mais comum de fabricação é por meio da mistura das gorduras com etanol, proveniente da cana-de-açúcar, ou metanol, que pode ser obtido da biomassa de madeiras.
De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o Brasil é um dos maiores produtores de biodiesel do mundo. Cerca de 75% da produção de biodiesel ocorre com óleo de soja, outras 20% com gordura animal e o restante do percentual corresponde a fontes como algodão, canola e dendê.
Assim, o biodiesel pode ser uma excelente alternativa na substituição do diesel, devido ao uso de recursos renováveis para produção e por ser de queima limpa, minimizando os danos do efeito estufa.