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O maior conflito internacional ocorrido no século XX foi a 2ª Guerra.Os vitoriosos neste conflito, especialmente EUA e a URSS iriam dividir o mundo em áreas de influência em um sistema de “acordo conflitivo” conhecido como Guerra Fria (ou segundo Hobsbawm, “Paz Fria”) que marcaria as disputas políticas no mundo entre os anos 1945 e 1991.
O período aberto após 1945, do ponto de vista do equilíbrio diplomático, se mostrou razoavelmente estável. Por outro lado, os confrontos indiretos ocorreram em várias partes do globo, destacando-se os processos de descolonização africana.
Os europeus, imersos nas tarefas de reconstrução iriam reduzir sua presença real nas áreas coloniais.
O debilitamento do “concerto europeu” somado a outros fatores importantes como a reação organizada africana, a pressão externa dos EUA e URSS e o crescimento demográfico nos países africanos, levaria a um período intenso de rupturas coloniais a partir de 1945, em várias regiões do planeta, especialmente na África, que reagiria, 60 anos depois à colcha de retalhos fabricada na Conferência de Berlim.
As potências emergentes do pós-guerra tinham suas posições sobre isso: os EUA, ausente nas possessões africanas, tinha uma posição clara a respeito da autodeterminação dos povos a partir das idéias da Carta do Atlântico (14 de agosto de 1941) assinada também pelos ingleses. Por sua vez, a URSS se destacaria como apoiadora dos movimentos de libertação nacionais, na oposição ao “imperialismo capitalista”.
Ainda sobre o papel da URSS, cabe ressaltar que embora com uma posição anticolonialista e antiimperialista, nem sempre apoiou incondicionalmente as independências africanas.No caso português, por exemplo, os soviéticos temiam a imaturidade das condições políticas e sociais das possessões lusas e que estas poderiam se aliar a outra potência capitalista, (os EUA) ou mesmo a própria China, que manteve suas relações com movimentos nacionalistas africanos a partir do regime de Mao.
O continente africano foi durante o período das rupturas coloniais um cenário privilegiado dos conflitos indiretos da Guerra Fria. Como já observamos anteriormente tanto a URSS como os EUA por motivos diferentes apoiavam o afastamento dos países africanos de seus colonizadores