• Matéria: História
  • Autor: theherobrinebr03
  • Perguntado 7 anos atrás

Alguem me ajuda a fazer um resumo, sobre consequências do estupro?

Respostas

respondido por: jamillyferreirafg4
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Por muito tempo, só conseguia tomar banho para limpar aquela sujeira imaginária. Tive dificuldades num relacionamento. Duvidei da minha inteligência”. Após ser estuprada quando fazia uma trilha, aos 20 anos, P. largou a faculdade, desenvolveu depressão e tentou o suicídio. As consequências não são as mesmas sempre, mas, em todas as vítimas, segundo especialistas, o estupro deixa marcas profundas.

— Toda mulher que passa por abuso vive um trauma. Ninguém opta pelo estupro. É uma situação de subjugo — diz a coordenadora do prograna SOSMulher em Niterói, Leila Guidoreni. — Pela assimetria de gênero (definição para as formas desiguais como são tratados indivíduos do gênero feminino e masculino), a mulher é sempre revitimizada.

Assim como P., outras vítimas de estupro ouvidas pelo EXTRA relataram que o crime deixou inúmeras consequências em suas vidas. Entre elas, fobias, declínio na carreira e na vida social, insônia, flashes do ocorrido. Leia a seguir:

P., 48 anos, estuprada aos 20, enquanto fazia numa trilha

“Duvidei por muito tempo da minha inteligência. Pensava: “Como uma universitária vai ser tão burra de ir para um lugar suspeito?” A depressão e a estafa vieram por eu não querer ser um fardo econômico para a família. E tiveram seu pico quando tentei me matar. A depressão era tão profunda que, no tratamento, tive que reaprender a respirar.”

F., 24 anos, estuprada aos 23, no caminho para o trabalho

“Entrei em depressão. Como minha família não soube o que houve, não podia “viver” minha tristeza. Meu namorado ficou meses sem poder tocar em mim. Não saía mais, passei a evitar a casa dos meus pais. Pouco tempo depois, não aguentei e pedi demissão. Troquei um excelente emprego por outro inferior, mas bem longe de onde tudo ocorreu.”

Y., 19 anos, estuprada pelo tio enquanto dormia, aos 16

“A primeira consequência foi o medo. Medo de sair da escola e encontrá-lo. Repeti de ano. Minha mãe recebeu uma proposta de emprego nos Estados Unidos e nos mudamos. Mas vieram os pesadelos. Já acordei chorando, berrando, tremendo. Adquiri insônia. Hoje em dia, tomo remédios para dormir, mas os pesadelos seguem.”

R., 19 anos, estuprada aos 13 anos, pelo namorado de 18

“Eu me sentia nojenta. Me doía tudo: o útero, o coração, o corpo marcado pela força física. Me senti suja por ter perdido a virgindade daquela forma. Tinha medo que outros homens me tocassem. Nos dois primeiros meses, tive pesadelos. Mesmo hoje, seis anos depois, me sinto mal só de tocar no assunto; o momento volta à minha cabeça.”

Números estão abaixo do real, dizem especialistas

Segundo relatório do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), 23% das vítimas de estupro desenvolvem estresse pós-traumático (distúrbio grave de ansiedade) e 0,7% se suicidam. Especialistas acreditam que a realidade seja ainda mais dramática do que apontam os dados.

— O próprio estupro não é muito denunciado. Além disso, há um déficit na formação de profissionais de saúde, que podem não pensar no abuso como gerador de um estresse pós-traumático. Não é feita essa classificação, e atribuem (o suicídio) a qualquer outra razão. Há um processo de desqualificação — explica a psicóloga Anna Paula Uziel, professora da Uerj.

Como o EXTRA vem mostrando numa série de reportagens, as vítimas enfrentam dificuldades de denunciar o crime em delegacias, de ver os responsáveis punidos pela Justiça e até de fazer o aborto legal nas unidades de saúde, embora seja um direito. O debate veio à tona após o estupro coletivo de X., de 16 anos, numa favela da Zona Oeste no mês passado. Como ela, mais de 70% das vítimas, segundo o relatório do Ipea, são crianças e adolescentes, e 24% dos agressores são pais ou padrastos, o que afeta a formação da autoestima.

— Não é que as consequências (em menores) sejam mais graves, mas são mais profundas. Em geral, sofrem violência de pessoas em que confiam, de forma recorrente. Isso atrapalha o desenvolvimento para a vida toda — diz Cecília Soares, psicóloga especializada em atendimento à mulher em situação de violência.

respondido por: pedrombatalhagomes
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o estuprador abusa da vítima e vai pra cadeia

a vítima e a família/namorado(a)/ pessoas que amam e estão ao redor da vítima ficam abalados e tristes e não veem a vítima como a mesma, pode ver isso no filme Cidade de Deus quando Zé Pequeno estupra a namorada do Mané Galinha na cena após o estupro Mané Galinha solta a frase "eu nao vejo ela como ela era antes", etc etc bjs e boa sorte

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