Respostas
Sabe-se que a objetificação da mulher é uma atividade na qual empresas tratam o corpo feminino de maneira sexualizada em busca de obter maior sucesso em suas propagandas. O problema disso é que tal fenômeno cria padrões nocivos para a sociedade. Nesse contexto, torna-se evidente a necessidade de debater sobre o assunto, levando-se em consideração os seus efeitos e maneiras para interromper essa atividade.
Em primeiro plano, é válido expor que a padronização da “mulher perfeita” pelos instrumentos midiáticos criou um culto à uma beleza meramente superficial e, na maioria das vezes, irreal. De fato, grande parte dos conteúdos que envolvem a figura feminina passam por edições fotográficas, de maneira a remover as “imperfeições”. Esse comportamento gera uma busca pela aceitação social, isso é: fisionomia esbelta e sem gorduras aparentes. Tudo isso pode acarretar em frustações e a utilização de métodos não saudáveis para emagrecer ou obter músculos, como esteroides anabolizantes e dietas perigosas. Em casos mais graves pode ocorrer depressão e dificuldade de interação social profissional.
Além disso, a objetificação da mulher nas propagandas ratifica o seu papel de objeto sexual estabelecido pela sociedade patriarcal machista. Com efeito, esse tipo de exposição coloca a figura feminina como submissa ao homem. A consequência disso é o aumento do número de casos de abuso, seja sexual, psicológico ou físico, e torna ainda mais difícil a luta pela igualdade de gênero.
É incontestável, portanto, que a exposição sexual do corpo feminino em propagandas é nociva e possui graves consequências para a vida da mulher. Sendo assim, é preciso que os órgãos controladores da mídia proíbam a utilização de imagens que passaram por edições e não condizem com a realidade. Outra medida necessária é a criminalização da exposição da figura da mulher de maneira desrespeitosa ou que induza à prática sexual. Dessa forma, um importante passo será dado na luta pela igualdade e os padrões que tanto fazem mal serão desconstruídos.