Explique de que forma Thomas Hobbes justifica o surgimento do Estado e por que, em sua teoria, esse Estado deveria ser nos moldes absolutistas.
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O autor em estudo, Thomas Hobbes, assim como Rousseau e Locke, compõe o grupo que defende que o Estado se originou pelo Contrato. De acordo com essa corrente de pensamento e estudo político, dada uma condição de insegurança e instabilidade, é feito um acordo, por intermédio de contrato, para que um indivíduo, ou grupo de indivíduos, venha a governar sobre um grupo de pessoas, organizando-o civilmente, trazendo a ideia da ética e da moral, originando, por consequência, o Estado civil.
Hobbes caracteriza-se como um dos pioneiros em desenvolver teorias acerca do assunto. Seu estudo revela uma análise realista acerca da natureza do homem e esse é o ponto central para o desenvolvimento de toda a sua teoria contratualista, a qual é descrita de maneira racional o comportamento do homem e os motivos pelos quais o levaram a buscar o contrato como meio de estabelecer uma relação de dependência com um poder maior, capaz de governar todos os homens.
O pensamento hobbesiano, divide-se em três fases: Estado de natureza, de guerra e de segurança. Hobbes idealizou a humanidade semelhante a animais selvagens incapazes de desenvolver uma vida em sociedade, pois, segundo seu pensamento, todos eram iguais e essa igualdade era ponto de partida para um estado de guerra. Havia um ponto de vulnerabilidade porque todos detinham o poder e eram livres, assim, cada um era soberano de si mesmo e de outrem, tendo direito até mesmo ao corpo do próximo.
Observa-se que Hobbes, na fase inicial dessa cronologia acerca da formação do Estado civil, vê o homem como um animal irracional e incapaz de estabelecer, por si só, normas ou condutas que o permitissem conviver pacificamente em sociedade. Para Hobbes, era fundamental essa análise realista acerca da natureza selvagem do homem e, de fato, ele não escondeu seu posicionamento e demonstrou que a honra era uma questão que não possuía menor relevância em função de outros bens tangíveis. A liberdade era outra acusação, da parte de Hobbes, que consistia em ter direito a tudo, ou simplesmente nada, já que a vida era banalizada.
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O pensamento hobbesiano encontra-se com dois polos: o homem e o Estado. Na condição de reconhecerem a necessidade de transferência de todo poder e liberdade em busca do que almeja, a teoria de Hobbes abre espaço para o que será fundamento para o contrato e chancela para o Estado civil. Com a concepção da formação do Estado e do estabelecimento da sociedade, surge, principalmente, uma soberania para qual se transfere todos os poderes que cada indivíduo possui, sendo esse o grande responsável, agora, em ser a voz, o reflexo de todos aqueles que antes estavam sem luz, em estado de guerra. Aqui se inicia a ideia da formação de súditos e um processo de hierarquização social, em que se define aquele que detém a autoridade e os que devem, de fato, obedecer, fazendo com que surja uma sociedade devidamente organizada.
Essa organização proposta por Hobbes é, de fato, importante para uma reorganização desses homens que viviam livres e sem direito a vida. Sua teoria contratualista ganha força a partir do momento em que todos eles (a humanidade) são unânimes da necessidade de mudança e de que estão conscientes de abrirem mão de todos os direitos em prol do que Hobbes denomina como Soberano. Entretanto, sua idealização de Estado perfeito mais uma vez deixa o homem subestimado e refém de algo ainda pior, o que para Locke seria descrito como "trocar o tudo por nada”.
O contrato social, de acordo com Hobbes, seria algo feito pelos homens. Embora já tenha sido descrita a necessidade para tal, cabe destacar o paradoxo entre o homem que não tinha racionalidade para administrar os conflitos e os que conseguiram elaborar tamanha ideia para solucionar seus conflitos.
Na busca pela paz, Hobbes deixa perpetuar em seu pensamento um soberano, que dá a ideia de Estado e de todas as suas organizações, intransigente quanto à voz do povo. Parcialmente lógico e justificável quando ele diz que se todos pudessem opinar e o soberano estivesse flexível ao desejo do povo, tudo voltaria ao estado de natureza e de guerra antes vivenciado. Agora, para Hobbes, é um novo cenário em que se assiste a organização e a força de submissão ao soberano como forma de ensinar ao homem como proceder em sociedade. Por esta razão, no ato do contrato, somente o povo deve assiná-lo, pois o soberano é a nova voz, é o condensamento do poder e da liberdade em um único homem capaz de governar
Hobbes caracteriza-se como um dos pioneiros em desenvolver teorias acerca do assunto. Seu estudo revela uma análise realista acerca da natureza do homem e esse é o ponto central para o desenvolvimento de toda a sua teoria contratualista, a qual é descrita de maneira racional o comportamento do homem e os motivos pelos quais o levaram a buscar o contrato como meio de estabelecer uma relação de dependência com um poder maior, capaz de governar todos os homens.
O pensamento hobbesiano, divide-se em três fases: Estado de natureza, de guerra e de segurança. Hobbes idealizou a humanidade semelhante a animais selvagens incapazes de desenvolver uma vida em sociedade, pois, segundo seu pensamento, todos eram iguais e essa igualdade era ponto de partida para um estado de guerra. Havia um ponto de vulnerabilidade porque todos detinham o poder e eram livres, assim, cada um era soberano de si mesmo e de outrem, tendo direito até mesmo ao corpo do próximo.
Observa-se que Hobbes, na fase inicial dessa cronologia acerca da formação do Estado civil, vê o homem como um animal irracional e incapaz de estabelecer, por si só, normas ou condutas que o permitissem conviver pacificamente em sociedade. Para Hobbes, era fundamental essa análise realista acerca da natureza selvagem do homem e, de fato, ele não escondeu seu posicionamento e demonstrou que a honra era uma questão que não possuía menor relevância em função de outros bens tangíveis. A liberdade era outra acusação, da parte de Hobbes, que consistia em ter direito a tudo, ou simplesmente nada, já que a vida era banalizada.
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O pensamento hobbesiano encontra-se com dois polos: o homem e o Estado. Na condição de reconhecerem a necessidade de transferência de todo poder e liberdade em busca do que almeja, a teoria de Hobbes abre espaço para o que será fundamento para o contrato e chancela para o Estado civil. Com a concepção da formação do Estado e do estabelecimento da sociedade, surge, principalmente, uma soberania para qual se transfere todos os poderes que cada indivíduo possui, sendo esse o grande responsável, agora, em ser a voz, o reflexo de todos aqueles que antes estavam sem luz, em estado de guerra. Aqui se inicia a ideia da formação de súditos e um processo de hierarquização social, em que se define aquele que detém a autoridade e os que devem, de fato, obedecer, fazendo com que surja uma sociedade devidamente organizada.
Essa organização proposta por Hobbes é, de fato, importante para uma reorganização desses homens que viviam livres e sem direito a vida. Sua teoria contratualista ganha força a partir do momento em que todos eles (a humanidade) são unânimes da necessidade de mudança e de que estão conscientes de abrirem mão de todos os direitos em prol do que Hobbes denomina como Soberano. Entretanto, sua idealização de Estado perfeito mais uma vez deixa o homem subestimado e refém de algo ainda pior, o que para Locke seria descrito como "trocar o tudo por nada”.
O contrato social, de acordo com Hobbes, seria algo feito pelos homens. Embora já tenha sido descrita a necessidade para tal, cabe destacar o paradoxo entre o homem que não tinha racionalidade para administrar os conflitos e os que conseguiram elaborar tamanha ideia para solucionar seus conflitos.
Na busca pela paz, Hobbes deixa perpetuar em seu pensamento um soberano, que dá a ideia de Estado e de todas as suas organizações, intransigente quanto à voz do povo. Parcialmente lógico e justificável quando ele diz que se todos pudessem opinar e o soberano estivesse flexível ao desejo do povo, tudo voltaria ao estado de natureza e de guerra antes vivenciado. Agora, para Hobbes, é um novo cenário em que se assiste a organização e a força de submissão ao soberano como forma de ensinar ao homem como proceder em sociedade. Por esta razão, no ato do contrato, somente o povo deve assiná-lo, pois o soberano é a nova voz, é o condensamento do poder e da liberdade em um único homem capaz de governar
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