• Matéria: História
  • Autor: fulano205
  • Perguntado 7 anos atrás

Fale sobre os regimes ditatoriais ocorridos da América do sul

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respondido por: lislebenpd7qs8
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A guerra contra o comunismo culminou em uma verdadeira onde de golpes militares. Ela começou pelo Paraguai, seguida do Brasil, onde as Forças Armadas derrubaram o governo de João Goulart em março de 1964. Na sequência, outros países vieram a ter o mesmo destino.
De modo geral, os regimes militares da América do Sul foram extremamente autoritários e violentos. Os governos de Brasil, Argentina, Chile, Paraguai, Uruguai e Bolívia chegaram a fazer um acordo de cooperação mútua, a chamada Operação Condor, com o objetivo de reprimir em conjunto a resistência aos regimes ditatoriais implantados. A América do Sul virou um grande laboratório para as experiências neoliberais, havendo privatizações de empresas estatais, corte de gastos públicos, desregulamentação de serviços e fim de benefícios trabalhistas.
Desde 1954 o Paraguai foi governado pelo general Alfredo Stroessner, sucessivamente reeleito, sob uma permanente situação de estado de sítio. Dez anos após o Golpe Militar ao governo Paraguaio, João Goulart foi deposto por uma junta militar que após implantar o primeiro Ato Inconstitucional, elegeu o general Alencar Castelo Branco para a Presidência da República brasileira.
Na Argentina uma Revolução liderada pelo General Videla, realizou um golpe de Estado contra o então presidente Arturo, em 1966. Tinham como meta permanecer no poder e, desse modo, estabelecer um novo sistema ditatorial de tipo permanente, denominado “Estado Burocrático Autoritário” (EBA).
Em 1968 o presidente do Peru, Fernando Belaunde, tentou implantar indústrias para contentar a população e segurar as revoltas que aconteciam na época de seu governo, mas não teve poder suficiente para lidar com a direita conservadora e principalmente com os militares, liderados pelo general peruano Juan Velasco Alvarado, que dirigiram um golpe de Estado, iniciando o regime militar peruano.
Em 1971 a ditadura na Bolívia e no Uruguai se instaurou. O Uruguai estava em crise econômica. A violência política se instalou como instrumento de luta pelo poder e assim houve o golpe militar. Já na Bolívia, a ditadura foi exercida pelo General Hugo Banzer Suárez, que já havia sido Ministro da Educação durante o Governo do General Hugo Barrientos.
No Equador, em 1972, um golpe militar derrubou o regime de José María Velasco Ibarra passando a utilizar a riqueza do petróleo e empréstimos estrangeiros para custear um programa de industrialização, reforma agrária, e subsídios para consumidores urbanos.
Em setembro de 1973, um grupo de militares realizou um golpe que culminou no assassinato do presidente Salvador Allende. Sob a liderança do general Augusto Pinochet, o Chile passou a viver uma terrível ditadura preocupada em perseguir a oposição das esquerdas nacionais e atender os interesses norte-americanos
Na Colômbia, embora não esteja sob ditadura, as FARC e o ELN iniciam uma guerra civil que dura quatro décadas e tomam controle sobre considerável parte do país. Do mesmo modo, para alguns críticos, Venezuela, que reivindica a área da Guiana, é um país ainda em ditadura. Sob o regime do político e militar venezuelano Hugo Chávez, Venezuela é considerada por alguns uma ameaça à democracia da América Latina.
Ao mesmo tempo que reprimiam toda e qualquer forma de oposição, os militares promoviam a recuperação econômica de seus países. Com o tempo, tal política gerou uma grave crise econômica na América do Sul. A recessão abalou as bases das ditaduras e contribuiu para enfraquecer os regimes militares na década de 1980. Aos poucos, a democracia voltou a se instalar no continente. Entre 1979 e 1990, alguns países retornaram ao regime democrático, como Paraguai (1989), Brasil (1985), Argentina (1983), Peru (1980), Bolívia (1982), Uruguai (1984), Equador (1979) e Chile (1990).
Hoje, os governos sul-americanos têm impulsionado a política de esquerda, como líderes socialistas que são eleitos como no Chile, Uruguai, Brasil, Argentina, Equador, Bolívia, Paraguai e Venezuela. Apesar do movimento de esquerda, a América do Sul em sua maioria ainda abraça a política de mercado livre, e ela está tomando um caminho ativo em direção à maior integração continental. Exemplo disso é a junção do Mercosul e a Comunidade Andina, formando assim o terceiro bloco político-comercial do mundo.
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