Respostas
Aedes aegypti, o mosquito transmissor da febre amarela
Igreja de Nossa Senhora da Candelária
Colégio Santo Inácio
Vista Chinesa em cartão-postal de 1911
Bonde virado na Praça da República durante a Revolta da Vacina, em novembro de 1904
Pavilhão Mourisco
Chafariz das Musas no Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Logotipo da Light
Estádio do Fluminense Football Club, o Estádio das Laranjeiras, em 1919
Palácio Monroe em cartão-postal
Avenida Central por volta de 1908
Teatro Municipal
Enterro de Machado de Assis em 1908, no Cemitério São João Batista, em Botafogo[1]
Caminho Aéreo do Pão de Açúcar na década de 1940
Exposição comemorativa do centenário da abertura dos portos às nações amigas no atual bairro da Urca
Os revoltosos da Revolta da Chibata
Interior da Biblioteca Nacional
No início do século XX, a cidade do Rio de Janeiro enfrentava sérios problemas sociais. Epidemias de doenças como a febre amarela assolavam os cortiços imundos da região central. O saneamento básico era precário e a população concentrava-se no Centro da cidade em condições precárias de higiene. Em 1901, foi concluída a Igreja de Nossa Senhora da Candelária, no Centro, após um século e meio de obras. Em 21 de julho de 1902, Oscar Cox fundou o Fluminense Football Club, numa sede localizada no número 51 da Rua Marquês de Abrantes, no Flamengo[2]. No mesmo ano, as linhas de bonde da cidade chegaram ao bairro de Ipanema[3].
Foi inaugurado o Cine Palácio, uma construção em estilo neomourisco na Rua do Passeio, no Centro. Inicialmente, funcionando como boliche, mas que, posteriormente, se transformaria no primeiro cinema da cidade a exibir filmes sonoros[4]. Em 1903, foi inaugurado o Externato Santo Inácio, na Rua São Clemente, em Botafogo[5]. Foi construído, pelo prefeito Pereira Passos, um pavilhão em estilo chinês em um mirante na Floresta da Tijuca intitulado Vista Chinesa, obedecendo a projeto do arquiteto Luís Rei.
A elite procurava reagir aos problemas modernizando a cidade, tomando como base Paris, que realizara uma grande reforma urbana no século anterior. O cientista Oswaldo Cruz comandou a vacinação forçada da população contra a febre amarela, desencadeando a revolta da população no episódio que ficou conhecido como a Revolta da Vacina, em 1904. Começou a ser construído o Pavilhão Mourisco, em estilo neomourisco, que viria a ser o prédio principal da Fundação Oswaldo Cruz, no bairro de Manguinhos. Foram instaladas, no Passeio Público, quatro estátuas de ferro e estanho importadas da França representando as quatro estações. Foi inaugurado o Aquário do Passeio Público, o primeiro aquário de água salgada da América do Sul[6].
Foi demolida a Igreja de São Joaquim, ao lado do Colégio Pedro II, no Centro, para abrir espaço para uma nova avenida: a Avenida Marechal Floriano[7]. Foi construída, pelo prefeito Pereira Passos, a Avenida Atlântica na Praia de Copacabana, reproduzindo, em pedras portuguesas, os desenhos em formato de onda do Largo do Rossio de Lisboa. O desenho, inicialmente com ondas perpendiculares às ondas do mar e, posteriormente, com ondas paralelas às ondas do mar, tornou-se um dos maiores símbolos da cidade do Rio[8][9].
Em 1905, foi instalado o Lampadário da Lapa, criação de Rodolfo Bernardelli, no Largo da Lapa, para embelezar a Avenida Mem de Sá recém-construída[10]. O Chafariz das Musas, que adornava o mesmo largo, foi transferido para o Jardim Botânico[11]. Chegou, à cidade, a The Rio De Janeiro Tramway, Light And Power Company Ltd., empresa que havia sido fundada no ano anterior no Canadá e que passou a prestar serviços de telefonia, fornecimento de gás, transportes urbanos (Estrada de Ferro do Corcovado, bondes, ônibus da viação Excelsior, inclusive de dois andares, os populares "chope duplo") e geração, transmissão e distribuição de energia elétrica[12]. Até então, os bondes que circulavam pela cidade eram puxados por burros, mulas e cavalos[13].